A Estrada Real se constituiu nos períodos colonial e imperial na principal artéria econômica do Brasil, pois foi através dela que a riqueza do país circulava rumo aos portos, primeiramente ao de Parati no caminho velho, e depois ao do Rio de Janeiro - no caminho novo. São 1.410 quilômetros que cortam Minas Gerais e Rio de Janeiro. Um trajeto que passa por 177 cidades de ricos patrimônios históricos, ecológicos e culturais.
As belezas naturais dos seus percursos, que em parte acompanham vales de importantes rios, formam cenários magníficos para a representação pictórica da paisagem, dado que o seu acervo incorpora - além dos rios, cachoeiras, matas e serras - a exuberância das cidades históricas e das fazendas coloniais, construídas a partir da riqueza circulante de então.
Tal aspecto pitoresco sempre atraiu a sensibilidade dos artistas, como os artistas viajantes europeus do século XIX, cuja arte nos deixou um legado inestimável. Felizmente muitos outros artistas, tais como Gariglio, continuaram no século XX e XXI a se encantar com a paisagem da Estrada Real, os quais, apesar da destruição da natureza, têm sabido representar aquelas belezas de forma grandiosa.
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