A Garganta da Serpente
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Piratininga - (lundu colonial)

Nobre morada Piratininga
De vila a cidade-metrópole
Ó minha amada Piratininga
De vila a cidade-metrópole

São casos que se repetem
Num turbilhão de etnias
De corações a quem competem
O fervor das suas folias

São Paulos, Andrés e Vicentes
Que desembarcam e ancoram
Agregando (in)tolerantes
Aos anhangás que aqui já moram

Sob chuva forte, garoa fina
Fusão em sangue, suor e sêmem
Piratininga nos ensina
Aceitar a todos que não t(r)emem

Nessa mistura desvairada
Daqui não ser é ser daqui
A nova raça aqui gerada
Ainda tem do bom tupiniqui

Receptora da diversidade
Ítalo, lusa, nordestina...
Sina bandeirante de cidade
Emigra seu menino e menina

Entretanto nasceu apta
A reabsorver seu nativo
Quando não o mata, adapta
Seu poder etno-criativo

Nobre morada Piratininga
De vila a cidade-metrópole
Ó minha amada Piratininga
De vila a cidade-metrópole



Eduardo Vasconcelos Silva

(São Paulo - SP)
postado em 17/6/06
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