Nobre morada Piratininga
De vila a cidade-metrópole
Ó minha amada Piratininga
De vila a cidade-metrópole
São casos que se repetem
Num turbilhão de etnias
De corações a quem competem
O fervor das suas folias
São Paulos, Andrés e Vicentes
Que desembarcam e ancoram
Agregando (in)tolerantes
Aos anhangás que aqui já moram
Sob chuva forte, garoa fina
Fusão em sangue, suor e sêmem
Piratininga nos ensina
Aceitar a todos que não t(r)emem
Nessa mistura desvairada
Daqui não ser é ser daqui
A nova raça aqui gerada
Ainda tem do bom tupiniqui
Receptora da diversidade
Ítalo, lusa, nordestina...
Sina bandeirante de cidade
Emigra seu menino e menina
Entretanto nasceu apta
A reabsorver seu nativo
Quando não o mata, adapta
Seu poder etno-criativo
Nobre morada Piratininga
De vila a cidade-metrópole
Ó minha amada Piratininga
De vila a cidade-metrópole