A Garganta da Serpente
  • aumentar a fonte
  • diminuir a fonte
  • versão para impressão
  • recomende esta página

A CIDADE

São Paulo é multiplicidade, é unicidade
Sem esta cidade sem idade,
a vida seria muito menos confusa.
Também seria imcompleta.
Quem quer que venha,
quem quer que vá,
nunca viverá tal experiência em qualquer outro lugar.
Coisas incomuns.

Atos isolados.
No ibotirama,canto à diversidade.


Megalópole,
mostra tudo reunido,
pode ser unido também
- porque "re" quer dizer novamente.
Todo mundo volta.
O mundo inteiro esta a volta.
Pessoas rezam, pessoas trepam.
Muitos choram.
A constância
- assim como a indiferença,
fazem parte desta onda louca.
Tudo acontece ao mesmo tempo.
Num mar de gente a maresia esta longe...
só que o rastro que ela deixa
vai além da imaginação.


Ninguém entende,
nem tenta explicar
pois não dá!
Tantos se perdem sob a sombra da noite,
outros tantos se encontram.
Há tudo e de tudo,
Sustenta o vício de todos os viciados,
o próprio lugar é vicioso.
Na sombra ela (cidade) se torna mais bela.
Com os detalhes obscuros suas silhuetas ficam mais claras.
Apenas detalhes:
Paulo virou santo e de "são" ninguém pode se queixar.
A sanidade aqui não pertence a ninguém.


Terra de ninguém e de todos.
Não acolhe engole.
Não mastiga cospe.
Não é mãe
nem pai,
só que em seus braços as diferenças se mostram indiferentes,
atrativo para quem quer viver:
dinheiro; glamour; aspiração
nenhum lugar se compara.
Mistura de 3º mundo com tecnologia

Prédios e favelas são germinados.
Quem quer que seja
nunca poderá tirar a autenticidade da cidade,
porque não há!
Apenas vivendo é que se vive São Paulo



MARCELO CAJUI

(Paulistano Paulistano. amarra na mesa que é raridade. )
postado em 11/8/06
Copyright © 1999-2020 - A Garganta da Serpente
http://www.gargantadaserpente.com.br