A Garganta da Serpente
Adoradores de Serpentes poemas sobre ofídios
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Rastros do Vernáculo

Lavra teus pensamentos,
   Em desertos de revolta agonia
      Entre suculentas presas vivas
         De confusos e etéreos ventos

Rasteja por entre as sombras
   Na busca das entrelinhas estreitas
      Nas palavras que escondem as veias
         E no veneno que por hora esbraveja

Contenta-te em ser caça de Apolo
   Que um dia foi teu carrasco
      Mas que hoje nada mais é
         Senão lembrança fraca nas mentes cultas

Lampeja a saliva nociva
   Encantando os que te vêem passar
      Trazendo no semblante, os olhos vivos,
         Enquanto que na pele, escamas, nada mais...

Invoca, pois, tuas crias e irmãs...
   Sem delas, ter valorado os perigos,
      Mas vendo no nascer de um novo tempo
         A supremacia dos que lêem os textos escritos


Condessa de Lis

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