Aprendo sempre: mesmo da serpente
aprendo o esforço de me transformar,
a fim de, em contorções, seguir em frente,
e da pele já velha me livrar
para buscar um modo diferente
nas maneiras de me relacionar;
com a serpente aprendo a ser prudente
para evitar me expor.., me destacar....
Uma serpente, às vezes, tem veneno.
O que eu tiver aplico contra o mal,
pois, afinal, cultivo um ideal:
através do soneto, assim pequeno,
minorar os torpores da apatia
com o suave auxílio da poesia.