A Garganta da Serpente
Adoradores de Serpentes poemas sobre ofídios
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As elipses medrosas traçadas no céu
De mármore
Na cabeça de todos.

Pra que atiçar a guerra
Senão por morte?

Gélida, a esperança trinca
- a última dádiva a cair -

Cifras já soam prêmio
E vestem paraíso.

PÂNICO!
Porque já era,
Não tem mais jeito
Nenhum sonho,
Nem sequer o ideal
Se manterá firme.

Só sobrou aí
Essa realidadezinha fácil,
Burra,
Igual.

Porque o homem não é bicho de ser só bicho:
Fica sendo diferente
E competindo
Mudando tudo
Se emporcalhando
E gostando.

Não dá para matar cobra dentro do ninho
As mães-cobras se protegem
E lá dentro
Não há quem agüente cobras-mães.

E as cobras,
Que comem pássaros,
Poetas e cantores,
São pervertidas
Por gula, por luxo,
Por acaso,
Por bobeira.

E é por burrice o mundo vil
O povo sujo
E as regras razas...

É pura hipocrisia empetecada
De fantasia


Diego André Gorla

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