As elipses medrosas traçadas no céu
De mármore
Na cabeça de todos.
Pra que atiçar a guerra
Senão por morte?
Gélida, a esperança trinca
- a última dádiva a cair -
Cifras já soam prêmio
E vestem paraíso.
PÂNICO!
Porque já era,
Não tem mais jeito
Nenhum sonho,
Nem sequer o ideal
Se manterá firme.
Só sobrou aí
Essa realidadezinha fácil,
Burra,
Igual.
Porque o homem não é bicho de ser só bicho:
Fica sendo diferente
E competindo
Mudando tudo
Se emporcalhando
E gostando.
Não dá para matar cobra dentro do ninho
As mães-cobras se protegem
E lá dentro
Não há quem agüente cobras-mães.
E as cobras,
Que comem pássaros,
Poetas e cantores,
São pervertidas
Por gula, por luxo,
Por acaso,
Por bobeira.
E é por burrice o mundo vil
O povo sujo
E as regras razas...
É pura hipocrisia empetecada
De fantasia