A Garganta da Serpente
Adoradores de Serpentes poemas sobre ofídios
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Uma balada para despertar serpente

Acalmar os olhos
Diante da visão dos astros
Acalmar o pensamento
Enquanto quase são idéias

Sustentar o mundo em si

Acalmar os vórtices
Os vícios, o dorsal desejo.
Acalmar a língua.
Subindo e descendo
Num redemoinho de serpentário.

Entre áspides, formar o desejo.
Meter o dedo, passar a mão
Correr a boca, morder a língua
E no final sangrar por dentro.

Oh! Como acalmar o tempo
Esse inimigo do novo
Quando passa pelo mundo?


Humberto Firmo

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