A Garganta da Serpente
Adoradores de Serpentes poemas sobre ofídios
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Esboço de uma serpente

(a Henri Ghéon)

Entre a árvore a brisa brinca
Com a víbora que me veste;
Um sorriso, que o dente trinca
E o apetite apresta ao teste,
Sobre o Jardim arrisca a cauda,
E meu triângulo esmeralda
Mostra a língua de duplo fio...
Cobra serei, mas cobra arguta,
Cujo veneno, ainda que vil,
Deixa longe a douta cicuta!

(tradução: Augusto de Campos)


Paul Valéry

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