A Garganta da Serpente
Adoradores de Serpentes poemas sobre ofídios
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Sobre o teu ventre andarás
e pó comerás todos os dias de tua vida

(Gênesis 3.14)

Andando sobre seu próprio corpo
Com sua língua bifurcada
Puxa pra si o alimento de seus dias.

Há quem a veja, puro veneno,
Outros, de vidro recordam seus olhos.
Alguém até acha lindo sua cor laranja e preto
O pequeno príncipe viu um elefante dentro dela.


Sabemos, que como nós
Há algumas com veneno pronto a destilar,
Outras que preferem quebrar suas presas.
O único objetivo é alimentar suas necessidades
Quando não dá mais para caminhar sobre o pó.


Algumas avisam com seus chocalhos
Outras se aproximam bem de mansinho.
Algumas abrem sua cabeça como um leque
Prontas para dar um bote certeiro.
Porém, algumas, apenas são encantadas, saem dançando dos balaios,
Assustam-nos, sem possuírem qualquer defesa de nós, humanos.


R. Carvalho

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