A Garganta da Serpente
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Numa releitura a personagem é a mesma...

(Jorge Humberto)

Numa releitura a personagem é a mesma, o contexto difere como é diferenciada a figura de estilo. Numa releitura vamos, pelas nossas palavras, fazer a tradução de um texto original, originando a colocação das aspas sempre que recorremos a palavras ou frases do texto em discussão, salvaguardando assim o texto em debate e a sua originalidade.

Quando vamos fazer a releitura de um texto temos de assinalar que o vamos fazer, inserindo esse por maior, junto com o texto que estamos a dissecar.

Quando me vêm falar de que os pintores fazem releituras é certo que eles se debruçam sobre as mesmas personagens mas o estilo nunca é igual, diferenciando assim a leitura que cada um faz a um quadro que pode ter várias leituras, mas na escrita as coisas cingem-se em análises muito mais apertadas.

Quando vamos fazer uma releitura a um texto original temos de assinalar que o vamos fazer e como o vamos fazer, explicando as diferenças existentes, salvaguardando sempre o texto original. É contar pelas nossas palavras o texto em questão, fazendo análise aprofundada do mesmo.

Numa releitura primamos pela verdade do original e debatemos o nosso ponto de vista, esclarecendo o que achamos acerca do texto em questão. Não pode ser uma cópia do texto original, mas um outro completamente diferente. Mantemos a personagem da nossa dissecação, debruçamo-nos sobre ele e pelas nossas palavras descortinamos o que estamos a debater.

Tudo o que saia fora disso é uma cópia e um roubo da integridade do texto a ser tratado.

(22/06/06)

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