Numa releitura a personagem é a mesma, o contexto difere como é
diferenciada a figura de estilo. Numa releitura vamos, pelas nossas palavras,
fazer a tradução de um texto original, originando a colocação
das aspas sempre que recorremos a palavras ou frases do texto em discussão,
salvaguardando assim o texto em debate e a sua originalidade.
Quando vamos fazer a releitura de um texto temos de assinalar que o vamos fazer,
inserindo esse por maior, junto com o texto que estamos a dissecar.
Quando me vêm falar de que os pintores fazem releituras é certo
que eles se debruçam sobre as mesmas personagens mas o estilo nunca é
igual, diferenciando assim a leitura que cada um faz a um quadro que pode ter várias leituras, mas na escrita
as coisas cingem-se em análises muito mais apertadas.
Quando vamos fazer uma releitura a um texto original temos de assinalar que
o vamos fazer e como o vamos fazer, explicando as diferenças existentes,
salvaguardando sempre o texto original. É contar pelas nossas palavras
o texto em questão, fazendo análise aprofundada do mesmo.
Numa releitura primamos pela verdade do original e debatemos o nosso ponto de
vista, esclarecendo o que achamos acerca do texto em questão. Não pode
ser uma cópia do texto original, mas um outro completamente diferente.
Mantemos a personagem da nossa dissecação, debruçamo-nos
sobre ele e pelas nossas palavras descortinamos o que estamos a debater.
Tudo o que saia fora disso é uma cópia e um roubo da integridade
do texto a ser tratado.
(22/06/06)