(Com a participação efetiva das criaturas fantásticas do blog Letras de Morango, da Madalena Barranco)
Magalena: a crônica é um gênero literário que
se tornou a paixão dos blogueiros...
De repente, a tela do monitor desta que lhes fala, zuniu e ficou da cor de
morangos passados. Naquele momento, surgiram dois olhos cor de pântano
e uma criatura fantástica de dez centímetros começou a
falar:
Bruxauva: e a maioria dos blogueiros sequer sabe que suas publicações
na blogosfera são geralmente crônicas!! O tal do dicionário
Aurélio diz que crônicas são "narrações
históricas de fatos comuns em ordem cronológica; texto jornalístico
redigido de forma livre e que tem como tema fatos da atualidade, de teor político,
esportivo, etc.; biografia de uma pessoa", entre outras denominações.
Já, eu, resumo a "coisa" do meu jeito:
Descrever a realidade e seu cotidiano, com direito a pitadas de imaginação.
E isso foi tudo o que criatura enxerida conseguiu dizer, porque a Magalena
conseguiu devolvê-la ao mundo virtual e retomou a palavra da presente
crônica.
Magalena: é incrível como a crônica se alastra pela
Web e se aperfeiçoa em cada blog. Alguns contam sobre suas viagens de
férias, sobre seus trabalhos, seus relacionamentos afetivos e familiares,
estudos e uma infinidade de assuntos, onde observa-se um toque de esperança
disfarçado em fantasia. São essas histórias reais que cativam
o leitor a esse novo e ao mesmo tempo antigo gênero literário.
Para explicar melhor sobre o surgimento da crônica no Brasil, eu convoco
Platinho, o filósofo do meu blog Letras de Morango, a seguir:
Platinho: a crônica é precursora do velho e bom folhetim,
que era um romance publicado em pequenos capítulos nos jornais, geralmente
nos rodapés das páginas e também em textos breves que mostravam
o resumo das notícias da semana, ou então, artigos de literatura,
ciências, crítica, publicados geralmente com freqüência
semanal. O "folhetim" nasceu no Brasil no século XIX, influenciado
pelo "feuilleton" da imprensa francesa. É provável que
o folhetim, tenha se iniciado através do Jornal do Comércio, de
Francisco Otaviano, com a seção intitulada "A semana"
(1852-1854). O célebre escritor José de Alencar (1829-1877 - autor
de "O Guarani", entre outros livros), trabalhou como folhetinista
no referido jornal, onde contribuiu decisivamente para que o folhetim criasse
raízes em nosso país, quando publicou sua série "Ao
correr da pena".
Magalena: quem é você: um dos personagens que escrevem
o cotidiano na blogosfera, ou, é um dos leitores apaixonados por crônicas?