A Garganta da Serpente
Os habitantes perfis e biografias dos autores

Cristina Knebel

Meu nome é Flávia Cristina Martins Knebel, tenho 29 anos, sou casada e tenho uma filha. Leciono língua portuguesa em uma pequena escola de um pequeno município no interior do Estado do Rio Grande do Sul. Nasci em Santo Angelo, cidade capital das Missões Jesuíticas no Brasil. Minha infância foi muito humilde e costumo lembrar dela como se quase não tivesse tido cores. Tenho dois irmãos, o mais velho deixou marcas profundas de tristeza e depois, perdeu-se. O mais jovem acomodou-se solitário em si, e lá vive sem movimentar-se demais, que é para evitar ferir-se. Tenho como paixões e necessidades a arte literária e a arte cêncica, e em ambas sou apenas uma amadora, buscando-as sem nunca conseguir alcançá-las totalmente. Gosto muito de música e quando escrevo geralmente estou escutando música. Meu gênero preferido de texto é a crônica, mas gosto de elaborar contos curtos ao som de um gostoso blues, ou um folk ao estilo de Joni Mitchell. Amo o cinema e assisto a muitos filmes. Admiro ainda muito mais Marguerite Duras, que se aventurou a escrever cine romances e mudou o rumo das artes cimematográficas: carrego "Hiroshima Mon Amour" para sempre em minha memória, tanto o roteiro como o filme. Amo Gatos; tenho uma gata preta e, por homenagem aos jovens góticos pós-punk da década de 80 eu a chamo de Charlotte. Gosto de coisas muito refinadas, como um tango de Astor Piazzola, delicadas, como Nina simone interpretando "Ne me qui te pas" e também "grotescas", como o rock ou a música inglesa alternativa das décadas 80 e 90, mas a verdade mesmo é que o dito "belo" é muito relativo. Amo a música de nosso país e a considero a melhor do mundo. Durmo sempre após ler uma Clarice Lispector ou um Caio Fernando Abreu, que é para não esquecer de meus primeiros amores e paixões e evitar ficar velha demais. Funciona: continuo a sentir as mesmas ansiedades e medos de quando era uma menina esperando chegar os 15 anos, não pela festa, mas por achar que então teria completado algum tipo de ciclo.Continuo na imcompletude e isso é maravilhoso! Considero que a maturidade está no deixar-se ser, e não em algum fim qualquer criado sabe-se lá o porquê. As crianças é que sabem mais do mundo, elas olham e vêem. Tomara que eu sempre consiga olhar e ver, nem que seja um pouco...
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