A Garganta da Serpente
Os habitantes perfis e biografias dos autores

João Batista do Lago

Nasceu em 24 de junho de 1950, em Itapecurumirim / MA. Tem nove irmãos: três mulheres e seis homens. Desde muito cedo, teve contato com o universo da literatura, sobretudo a Poesia, que, segundo ele, "faz parte da natureza do maranhense, a ponto das pessoas se tratarem pelo codinome comum a todos de "Poeta", ao se encontrarem ou passarem umas pelas outras". E enfatiza: "o Maranhão é considerado o Estado brasileiro que melhor fala o idioma português, e São Luís é considera a Athenas do Brasil". Essa característica maranhense, argumenta o poeta, "fez com que eu me tornasse um poeta compulsivo, mas ao mesmo tempo desenvolvi uma severa autocrítica". Em razão disso, diz ele: "apesar de ter produzido, ao longo de todos esses anos, em torno de cinco mil poesias, das quais muitas já joguei fora, nunca me achava capaz de publicar um livro; tenho em mente que a minha poesia está sempre na iminência de ser completada, melhorada, atualizada e contextualizada no meu presente… no meu instinto… no meu instante mais real". Ao falar mais especificamente do caráter literário da sua poesia,revela que se considera um poeta "surracionalista", isto porque, diz ele: "como nos ensina Bachelard, é necessário estar presente, presente à imagem no minuto da imagem: se há uma filosofia da poesia ela deve nascer e renascer por ocasião de um verso dominante, na adesão total de uma imagem isolada, muito precisamente no próprio êxtase da novidade da imagem". E enfatiza o autor maranhense: "É assim a minha poética: gênese da imagem e do instinto do instante, ou seja, a minha poesia é o resultado da hora presente em toda a sua experiência, experimentação e experienciação do objeto imaginado no instante em que é, por natureza, imaginado". A imagem poética é um súbito realce do psiquismo, realce mal estudado em causalidades psicológicas subalternas"; tal qual no surrealismo utilizo as palavras como objeto para alcançar o objetivo de uma 'experienciação' para uma nova realidade experimental, sacando-a do campo da simples epistemologia e introduzindo-a no campo da ontologia pura, na qual é operante uma meta-estética da fenomenotécnica; minha proposta é ultrapassar a simples qüididade da palavra e do texto no que se refere à essencialidade ou a substancialidade - seja geométrica, estética ou gramatical. Ora, isso sugere a desverbalização da palavra em si, de si e para si, o que significa a desconstrução do discurso da palavra ou do texto homófono, para constituí-lo e fixá-lo como 'sujeito' do discurso substancial, real e concreto". Sua outra paixão é o jornalismo - profissão exercida há mais de 30 anos, no Maranhão, em São Paulo, em Pernambuco (onde foi preso durante a ditadura militar em 1970), no Rio Grande do Sul, no Paraná e, por último, em Rondônia. Hoje, sua atuação restringe-se a consultorias de comunicação social, de marketing político e persuasão eleitoral, de marketing empresarial e pesquisador.
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