Márcio Ferrazzo

Se meus o que segue contradizer meus textos, melhor acreditar neles... Falar de si mesmo não se assemelha a falar dos outros, elogiando ou criticando. É que em matéria de vida alheia, todos temos potencial para sermos habilidosos, mas difícil é fugir dos adjetivos forçados ou omissos na própria descrição. Já percebem os leitores mais aguçados que é um traço meu essa de se estender na filosofia e no papo. Têm razão. Embora eu tente combater os excessos, algo me faz continuar lançando-os ao interlocutor como metal a imã. Refiro-me propositadamente ao ato de escrever como falar ("papo", "fala"), porque escrever é falar para sempre. (A diferença do escritor para o resto do mundo é que os primeiros registram o que falam. Os segundos, muitas vezes, não costumam nem ouvir a si próprios, quanto menos...). Registro aqui o que vêm sendo registrado: tenho 17 anos (nasci em 11 de novembro de 1985). Termino o Ensino Médio neste ano e pretendo seguir como jornalista. Sou articulista-colaborador do Jornal de Jundiaí (já sabem onde moro). Sou, ainda, Conselheiro Municipal da Juventude na minha cidade. Ex(saí da política por razões óbvias)-vice-presidente da Juventude do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) - Jundiaí sou também. Com três "sou" já me sinto desconfortável. Pois, embora fale de mim nas entrelinhas, confiando na percepção do leitor, sou um escritor dos/para outros.