Como mais que uma vez afirmei foi muito difícil a minha infância,
pobreza e sem pai para me defender e educar, para me dar um pouco de carinho
e uma sapatadinha no rabinho; morreu meu pai, fiquei sem pão e pouca
educação.
Cresci ouvindo historias maravilhosas que me guiaram na vida que tenho vivido.
Uma dessas historia...A LENDA do Cavalo e o Poço
Conta a lenda que havia um Sr. carreteiro que viva dos carretos que fazia, para
manter sua família, seu cavalo puxava a carroça, que carretava
os alimentos vindos das feiras mais vizinhas para os taberneiros da aldeia.
Num dia de verão e muito calor o cavalo chegou cansadíssimo e
cheio de cede, mas a água da pia do cavalo tinha evaporado, filhos e
esposa estavam trabalhando nos campos distantes, o homem ainda foi ao poço
para tirar água, mas este não continha água para encher
o balde e a pouca que tinha esvaziava antes de chegar a cima porque o balde
estava furado; o homem desesperado deu um pequeno laço nas rédeas
dizendo espera um pouco amigo que vou á fonte buscar água para
ti, e pegando nos cântaros num pau os deitou aos ombros a caminho da fonte
que ficava num terreno vizinho e ele não queria que o animal pisa-se
o terreno que lhes não pertencia.
O homem desapareceu na curva do caminho, mas o cavalo estava inquieto com tanta
cede
O cavalo abanava a cabeça, a laçada deslaçou-se e o cavalo
cheira água, logo que se viu solto correu para o lugar onde cheirava
a água. Louco de cede caiu ao poço, pobre animal, mesmo assim
a pouca água que o poço continha foi dragada e, poucos minutos
para o estômago do animal, que se pôs a rinchar muito alto.
Aos guinchos do animal ocorreram os vizinhos e a família do carreteiro
que se pôs a chorar ao ver a situação do animal que mal
cabia no poço e ao pensar que seria difícil retirar o animal,
ao mesmo tempo sabiam que o cavalo era a maior ajuda para o ganha pão;
o carreteiro chegou com a água e adivinhou o que se passava a ouvir os
rinchos do cavalo. Depois de conferenciar com amigos e família realizaram
que faria falta uma grande grua coisa que não havia na aldeia, chegando
à conclusão de que seria melhor enterrar o cavalo já que
estava no fundo do poço.
Então todos os vizinhos e família munidos de pazes iniciaram a
deitar terra para o enterrar.
A terra caia e o cavalo rinchava mas menos e menos se ouvia rinchar; então
o carreteiro foi espreitar julgando-o enterrado, assim viu o cavalo que sacudia
a terra e a pisava e pisava. Mas já estava a meio do poço e o
carreteiro viu que afinal o cavalo era mais esperto e por esse motivo sobrevivia,
este viu que era possível retirar o cavalo e pediu aos vizinhos para
fazerem mais um pouco de sacrifício, assim o cavalo condenado a ser enterrado
viveu; e aprendeu que deveria obedecer; mas o moral da história.
Quando tu estas no fundo mais te querem enterrar... mas nesse ponto sacode todo
o esterco que te atiram e pisa-o todo bem pisado pois começaras a subir...
isto é verdade
Amigos, conheço um caso real que se passou á muitos anos que vou
passar a contar, mas omitindo nomes e lugares.
Fins de janeiro de 1968 depois duma viagem sobre o mar chegava uma família
de imigrantes a Toronto que um cunhado tinha feito a carta de chamada para trabalhar
numa vila onde as minas eram quase o único emprego, mesmo assim escasso.
Depois de uma viagem com escala a Amsterdã, Holanda, aterraram em Toronto
fazendo escala para essa vila mineira, o casal e quatro filhas com idade compreendida
mais nova seis meses, mais velha sete anos, e a esposa com sintomas de gravidez
.
Uma cave húmida e fria, foi-lhes destinada palácio de moradia.
Para um principio de vida servia, se não fosse o esterco hipócrita
e acções incompreensíveis.
Apenas conseguiu trabalho passadas duas semanas, fora de sua especialidade,
ganhando uma miséria $1.60 por hora, mas as obrigações
da cave do cunhado eram grandes, apesar de tudo, dever comprido a tempo e horas.
Mas quantas vezes ouviu, que veio este miserável para aqui fazer com
um bando de filhos, este sem responder sacudia a terra e pisava-a seguindo em
frente.
Suas filhas entraram para uma escola de língua francesa. Quando no Ontário
a língua oficial era Inglesa, mas logo o esterco e escárnio o
fez usar de paciência e lógica; quando lhes disseram em provocação...
o Sr. é um estúpido em mandar suas filha para a escola Francesa,
saiba que aqui é o Inglês que reina e um copo cheio de água
não se pode encher de vinho; este, com a calma e com a noção
que estariam mais, para demonstrar sua antipatia e sua hipócrita covardia;
com ar de riso apenas respondeu; Sr. saiba que um Cérbero de uma criança
não se compara a um copo; mas sim a um poço sem fundo; quanto
mais se lhe deita este mais facilmente absorve.
Esta resposta deixou-os perplexos e ainda com mais vontade de o enterrar; este
sem solução sofria todas as invertidas de escárnio; seus
cunhados principiaram a fazem coro com os amigos e afazer judiarias, como retirar-lhe
o contacto, o uso de telefone, fechar-lhe a maquina de Lavar a roupa, proibir
de que a esposa guarda-se uma criança para ajudar um pouco o marido;...
fazer a esposa cúmplice das cartas que duas amigas abriam a três
hospedes numa casa vizinha, uma delas sua cunhada, foi o que chegou o lume a
esse rastilho de ódio, que no meio do inverno Canadiano; saíram
de ferias portas fechadas, aquecimento fechado ao mínimo, as crianças
tiritavam, uma dela ficou marcada para a vida, seus olhos nunca voltaram ao
normal da constipação; isto até que este teve a brilhante
ideia de fazer ligação com uma agulha em vez do termostato,
fazendo o aquecimento trabalhar quando sentia frio.
Este perdeu o trabalho devido a intrigas e mentiras, os familiares estavam envolvidos
nas intrigas e o mesmo senhor que lhe chamou burro.
Programa ao imigrante e entrar no continuar da educação foi resolvendo
esta situação precária, o ódio aumentava nos cunhados,
ao ponto de lhes chamar a policia, porque as crianças jogaram com uma
bola de ténis contra a casa.
Seguidamente uma carta de um advogado de despejo da cave; neste ponto um Sr.
que tinha feito uma garagem com a ajuda desta família mártir veio
em socorro, este sabia que depois de tanta terra para o enterrar este continuava
subindo pisando a terra, que merecia ser ajudado... então entrando na
cave vendo a maquina marcada com um plástico vermelho, pegou na roupa
suja e a levou para lavar assim como as crianças para tomar banho que
apenas o podiam fazer numa bacia; incitou a comprar uma casa oferecendo todos
os conhecimentos linguísticos e monetários se necessário.
Sua influencia foi enorme para consegui a este chefe de família um trabalho
que o consegui-se retirar do fundo do poço...um trabalho a mineiro.
Este bem conhecia a traição usada contra aquele que tanto lutava
para se manter com sua família de cabeça erguida sem vergonha
ou hipocrisia; apenas todos agarrados ao dever da honestidade
Este nunca conheceu o caminho dos bares, mas com os filhos conhecia todos os
lavradores das redondezas e seus animais.
Os lagos eram seu passatempo predilecto e da família; o salão
de dança da comunidade viu nestes os primeiros Portugueses a pisar o
recinto de dança, por isso a receberem um ramalhete de trinta e seis
rosas; e dois litros e meio de whisky, suas filhas cheias de beleza e educação,
foram as primeiras da comunidade Portuguesa daquela vila mineira a entrar num
colégio de cursos secretariais e cosméticos.
Com elas, pois eram duas que foram juntas, levaram o seu carro para voltarem
a casa quando chega-se as saudades; eram livres de escolher caminho, seguindo
seu destino iniciado numa casa velhinha lá longe em Portugal.
Enfim a inveja enterrou todos que o queriam enterrar, de tantos apenas ele e
o amigo que o ajudou a sair do poço continuam com uma família
unida vivendo sua velhice com alegria...
Este sempre perdoou, mas nunca se esqueceu; para passar tempo foi produtor dum
programa de televisão que oferecia gratuito a toda a comunidade mineira;
em língua Portuguesa.
Desceu a Toronto para ajudar a criar os netos e estar perto dos filhos, no tempo
de ócio é jornalista transcrevendo eventos de comunidade para
a comunidade.
Mas de verdade seu grande amor além da esposa que adora, é a poesia
e seus amigos virtuais...as lendas e contos tiveram grande influencia na sua
vida, pois este como o cavalo, sacudiu e calcou todo o esterco lançado
para o enterrar.
Desligou-se de todos os medos, deuses e diabos, para abraçar a mãe
natureza que o alimenta e sacia e o deixa viver.