Um azul quase cego percorria vales e transportava íngreme, Convicção.
Sem destino rumava o Vento em direção ao nada, confluir de abismos.
Córrego levava em sua bolsa o vazio, apenas um silêncio, despia
as dores e carregava por entre mundos, imenso território. Vastidão
de ausências revelava o amor de Vida para o Criador. Depois de mais uma
das aventuras de Oásis pelo deserto, Plenas, anoitecia...
Aconteceu de encontrar Sossego do outro lado, nos trópicos, enquanto
Calma atravessava sóis, Etéreo multiplicava raios ao longo dos
dedos e segundo Constelações.
Ganhou do presente um manto, tecido por preces seculares, de um cosmo indiscutivelmente
belo, pernoitado por uma partícula minúscula de unidades infinitas...
Pensamentos soltos por entre os vãos, frivolidades descartadas E assim
do cântico a ressoar o bálsamo, desvendar a tensa sonoridade lúdica,
despoluir o surdo ambiente da cidade sóbria e para além do morro
alto, avistar o coro dissipado timidamente pelo rumor da Aurora.
O chamado ressoava pelos quatro cantos e atingia as mais dissonantes esferas
musicais, como um navio sem porto a desembargar pés, Descalço
por milhas de longitude latitudinal, libertava incondicionalmente a Pressa,
da correnteza de unanimidades.
Singular fluía em direção à pluralidade mútua
que acarretava o Uníssono
Em versos e prosa a desintegrar o pólen de todas as canções
inexperientes que Inocência proferira. E assim florir sementes de árvores,
imensas, para todos os recantos e jardins do espanto. Pelas bordas, em fazendas
mal descritas, refaziam os pontos, inventando um Norte. E as folhinhas de papel
ao largo vento subiam com a brisa clara de um olhar in ventas.