Não se fala em outra coisa nas redondezas daquele lugarejo tão distante no sertão, onde o sol queima infernal. Inexplicavelmente, o tempo começou a ficar nublado. Ali, somente ali, naquele lugar. Já fazia alguns dias que o fenômeno acontecia. Era como se uma nuvem negra e suja tivesse estacionado em cima deles. No mesmo período, a menina mais alegre do povoado também adoeceu. Não brincava mais. Seu brinquedo tinha sumido.Procura daqui, procura de lá, enfim o encontraram no mato, escondido. Ela voltou a brincar de pegar o céu com as mãos na água da bacia.Clareou o dia de novo. Ela ficou, então, conhecida como a menina que lavava as nuvens.