A Garganta da Serpente
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A incrível máquina do tempo

(Geraldo Furtado)

Mateus sempre fora um camarada muito sonhador, expansivo, até certo ponto empreendedor. Seu maior erro talvez fosse não perseverar muito em seus propósitos. Uma tentativa aqui, outra ali, um novo empreendimento, e com isso os anos foram implacáveis. Um homem dotado da mais espetacular inteligência, grande talento e várias habilidades. No vigor dos seus 45 anos depara-se com o mais cruel estado de depressão que já havia lhe acometido em toda sua vida. Não tinha um trabalho, estava sem dinheiro, não tinha plano de saúde, possibilidade de se aposentar um dia e nada das coisas materiais de que as pessoas precisam para viver em uma sociedade capitalista. Mateus começara então a desenvolver a ideia de auto extermínio. Um terrível sentimento de amargura lhe tomava a cada dia mais os sentidos e ele não via qualquer possibilidade de reversão deste quadro. Na verdade, esta era a visão de Mateus sobre ele mesmo, mas quem o visse por fora teria uma outra impressão sobre sua vida.

Apesar de sua idade madura, Mateus era um cara muito bonitão, corpo atlético, saudável, um homem alto, exuberante, daqueles que impressionam por seu porte. Chamava atenção das mulheres e causava inveja aos outros homens. Tinha ótimos hábitos de vida. Se alimentava com propriedade, mantinha uma rotina de atividades físicas pesadas, estava sempre com seus lindos e grisalhos cabelos bem cortados e penteados, um cavanhaque, aparado e aparência geral excelente, tinha uma saúde de um puro sangue. Estes fatores eram os únicos que ainda o faziam estar vivo, sentia-se intimamente orgulhoso por sua condição física, especialmente quando se comparava aos outros homens de sua idade, que na maioria estavam já bastante desgastados e com aparência de velhos.

Mas isso não era suficiente para que Mateus se sentisse feliz e a cada dia a tristeza tomava-lhe mais e mais os sentidos. Não via saída para sua situação e achava que estava arruinado. Perguntava-se: meu Deus, onde fora parar a sorte que sempre me acompanhou por toda minha vida, minha grande aliada?

Mateus tivera uma vida esplêndida. Viajara todo o mundo, tivera bons carros, boas roupas, grandes paixões e naquele momento encontrava-se arruinado. Começara a conjecturar sobre como poderia estar se tivesse optado por outros caminhos, dentre os vários que se apresentaram para ele durante sua vida, opções de vida convencional, como a de várias outras pessoas, que ele recusara, ou sequer notara, em detrimento de sua vida aventureira, que lhe fora gloriosa, mas que agora apresentava o ônus.

Seu martírio a cada dia mostrava-se maior e no ápice deste desespero não vira outra alternativa senão a de se matar. Tudo fora minuciosamente planejado, uma superdosagem de fortes barbitúricos seria suficiente para que seu calvário tivesse fim. O ritual por ele elaborado fora bastante pragmático e transcorrera conforme idealizara. Um a um os comprimidos foram descendo-lhe goela abaixo enquanto seu coração reboava célere, a certeza de que sua vida estaria extinta em poucos minutos lhe assombrava, ao mesmo tempo em que sua expectativa crescia, sentia que o grande fardo lhe seria tirado dos ombros. Enquanto este cerimonial macabro tinha curso, a música tocava compassada e melodiosamente, "POEMAS SINFÔNICOS" de Franz Liszt.

Em pouco tempo suas pálpebras começaram a pesar, sentia o sono da morte tomando-lhe os sentidos enquanto sua vida lhe passava pela mente em balanço. O estupor lhe viera em seguida.

Em sua mente visões mirabolantes começaram a se formar, como se estivesse em um túnel parabólico, incrivelmente colorido, milhões de matizes cintilantes dançavam em uma velocidade estonteante e ele viajava catatônico sobre elas, à mercê de tudo, sem poder manifestar-se, e nem queria. Mesmo neste estado ainda podia ouvir o eco da música de Liszt que tocava em um momento de ápice.

Aos poucos a intensidade da viagem fora diminuindo, como se o carro da montanha russa fosse aos poucos parando, até que tudo parou. Um causticante silêncio tomara o momento. Finalmente estaria morto. Sentira inicialmente uma certa paz, para logo em seguida se transformar em martírio. Queria mover-se, fazer algo, tudo era pacato e monótono demais. Em dado momento começara a sentir-se flutuando, entregara-se a este estado, até então o melhor que experimentara em sua ousada empresa. Começara a notar as formas à sua volta, as mesmas formas materiais de tudo o que sempre conhecera em sua vida, enquanto estas imagens iam se formando, como um laborioso quebra-cabeças de milhões de peças, ele ia tendo a percepção de tudo, ainda que estivesse em um universo ultradimensional, aquelas eram as mesmas imagens que conhecia e que convivera com elas durante toda sua vida, ia reconhecendo tudo, coisa por coisa, ia se surpreendendo em poder ver tudo aquilo, coisas tão familiares naquele universo tão abstrato em que se encontrava. De repente uma visão lhe entorpecera, brutalmente, para seu total pânico. Vira a si mesmo, em seu leito de morte, agonizando moribundo. Sua boca espumava abundantemente e o corpo desfalecido mostrava cor pálida e olhos fixos no nada, com o sinistro brilho de onde a vida deixara de existir. Jamais pudera sentir em toda sua existência uma sensação tão terrível como aquela, o terror que lhe acometera era algo medonho e indescritível, suscitando todas as suas forças tentava cair sobre seu corpo inerte e retomá-lo, precisava dar a ele o sopro da vida.

Em meio a todo este desespero ouvira uma voz. Era uma voz forte, impostada, ao mesmo tempo maviosa, que lhe trouxera momentos de íntima e breve paz.

- Por que se debate em desespero Mateus, não está agora por acaso onde queria estar? Não te livraste de fardo que lhe impunha teu corpo?

Ele ouvia mas não podia identificar de onde vinha aquela voz ou quem falava.

- Estou confuso, estava ruim viver naquele corpo, contudo agora não sei se realmente tomei a melhor atitude, não sei o que fazer, sinto-me ainda pior do que estava.

- É lamentável, porque o caminho que tomaste não tem volta. Trata de aceitar e aprender a conviver com esta nova realidade, principalmente para a nova vida que terá de agora em diante, que posso lhe garantir, não será em nada melhor do que a que tinhas por lá. A propósito, não posso entender o motivo que o tenha levado a tomar medida tão radical. Nem seria necessário, já que um dia, de qualquer maneira iria mesmo ter que partir de lá, deixar aquele corpo e isso iria acontecer em qualquer circunstância que estivesse, em um estado de insatisfação como o que se encontrava, ou em estado de pura graça, como os que já experimentaste tantas vezes em sua gloriosa vida.

- Gloriosa, chama isso de glória, um camarada que acaba como eu acabei?

- Então me diga: de que outra maneira você acha que deveria ter sido? Vamos fazer um jogo, é muito interessante, você poderá voltar no tempo, em qualquer etapa de sua vida que quiser e poderá alterar alguns fatos que acha que tenha feito de forma errada, daí p'ra frente a história continua sozinha, tudo irá se alterar automaticamente obedecendo uma sequência lógica da mudança que processares.

- Vejamos, quando eu tinha dezesseis anos larguei a escola, era bom aluno, estudava em um bom colégio, se tivesse continuado teria me formado, poderia ter uma boa profissão, tudo estaria melhor agora. No entanto o que fiz? Preferi cair na gandaia, na vadiagem, me envolvi com pessoas pouco recomendáveis.

- Voltaremos então a este tempo......

Como num passe de mágica o incrível túnel multicolorido começou a girar novamente lançando Mateus em sua espiral até que ele se visse naquela época, sentado na carteira da escola, exatamente no dia correspondente ao último que fora a escola, era tudo tão real, ele estava de novo vivo, estava no colégio Máster, naquela linda tarde do mês de Abril nos idos dos anos setenta. Estava enfrentando uma fase rebelde, estava cheio de tudo, ensaiava deixar de frequentar as aulas, saíra para o intervalo mais entediado do que nunca, mas algo novo ocorrera desta vez. Quando estava em um canto do pátio comendo seu lanche tivera uma visão que o deixara tonto. Ahh!!! Como era linda! Aquela garota era seguramente a mais linda que já vira. O interesse dela também fora imediato. Naquela tarde não tiveram oportunidade de se aproximarem e tudo ficara apenas na paquera a distância, mas aquilo fora motivo mais do que suficiente para que ele ficasse ávido para voltar a escola no dia seguinte e poder rever sua princesa. Levara uma semana até que finalmente pudessem se aproximar. Daquele encontro resultara numa avassaladora paixão que os arrebatara irremediavelmente. Mateus se transformara num rapaz diferente, passara a ter o fixo interesse de impressionar sua amada, queria ser o melhor aluno, fazer tudo para estar perto dela. Com isso, concluíra o ano e ingressara na próxima série. O namoro deles fora ficando cada vez mais sério, se amavam de fato e tudo era uma maravilha, até que uma gravidez precoce viera fazer com que a necessidade de casamento se tornasse premente. As famílias deles se davam bem, aprovavam a união e somaram esforços para que os garotos pudessem casar-se. Aos 18 anos Mateus já estava casado e com uma pequena família para sustentar. Fora trabalhar de Office-boy, tivera que largar a escola a contragosto, por imposição da situação. O casal vivia com parco orçamento, as famílias que não eram muito abastadas ajudavam como podiam. Isto fora o suficiente para que a relação se desgastasse a ponto de quase se inviabilizar completamente, mas mesmo assim foram levando, a opção da separação seria mais traumática, nenhum dos dois tinha condições de criar os filhos sozinhos, juntos, não obstante a tudo, podiam saírem-se melhor, unindo os orçamentos, ambos trabalhavam. Tiveram ao todo quatro filhos, sendo que um deles nascera com sérios problemas mentais, que demandava atenção especial, esta situação, de todas as adversas que tivera que enfrentar talvez tivesse sido a pior, talvez somente comparada à dor e decepção que sentira quando pegara sua esposa nos braços de outro homem, um que aos olhos dela lhe parecesse mais digno de seu amor.

Mateus encontrara consolo na bebida e aos quarenta e cinco anos era alcoólatra, um homem gordo, feio, totalmente infeliz, que tivera uma vida medonha, cheia de sofrimentos e privações, e que não podia sequer retirar-se dela, tinha a responsabilidade sobre os filhos e em especial sobre aquele, que dependia totalmente dele para viver, já que ficara com esta responsabilidade para si quando sua esposa o abandonara para viver sua aventura amorosa em outra cidade, longe da família, que tanto lhe sufocava.

- Pelo que posso ver em seus olhos, está seguro de que esta não teria sido a melhor opção, não é mesmo? Portanto, agora sabe que apesar de não ter feito naquele momento uma coisa melhor, fora agraciado pelo destino ao ter sido livrado de todo este calvário.

Mateus nada dissera, apenas ficara atordoado com tudo o que acabara de experimentar. Como naquele lugar não havia lógica temporal como em nosso universo, tinha de fato vivido todos aqueles anos e então contava com duas vidas para que pudesse comparar.

- Vamos continuar, sabemos agora que neste ponto não erraste. Onde mais acha que poderia ter mudado, ter feito melhor?

- Nem muito ao mar, nem muito à terra, realmente esta vida só de responsabilidades foi um caos, mas não precisava ter vivido também da forma tresloucada como vivi. Certa vez, tive a oportunidade de ingressar em um banco, pouco depois de ter deixado a escola, meu pai havia conseguido o cargo para mim em função de contatos de amizade, fiz os primeiros testes e ao ser inicialmente reprovado no teste de datilografia desisti, ainda que isso pudesse ter sido contornado se eu quisesse. Poderia ter construído uma carreira no banco, poderia ter continuado a estudar, tenho certeza de que hoje estaria melhor.

- É fácil saber, vamos voltar lá então.

Mais uma vez toda a magia da transgressão ocorrera e como que despertando de um sonho, Mateus se vira naquele dia, sentado na sala de teste, em meio a outras dezenas de jovens, tenso, em frente à máquina de datilografia, já havia sido aprovado nos testes escritos. O resultado fora o mesmo, ele não passara, mas insistira com seu pai para que o ajudasse junto ao seu amigo. Isso ocorrera e o tal sujeito conseguira enfiar Mateus dentro do banco pela porta lateral. Não fora trabalhar diretamente como escriturário, que era o cargo inicialmente pretendido por ele, mas começara como contínuo, em serviços internos.

Mateus ficara encantado com seu serviço, se desdobrava como podia para a cada dia desempenhar melhor sua função, continuara a estudar a noite e todo este esforço fizera com que ele aos poucos fosse atingindo seu objetivo, que era crescer dentro do banco. De um posto a outro fora subindo todos os degraus. Seu salário fora crescendo junto, naturalmente. A ambição de Mateus não tinha limites, quanto mais dinheiro ganhava mais queria. Vira seu patrimônio crescer durante estes anos. Levava uma vida brilhante, com viagens, belas mulheres e tudo o que de melhor se pode experimentar. Mas a maldita ambição era desenfreada, mesmo com tudo o que tinha era pouco e chegara à conclusão de que pelos caminhos convencionais não poderia ir muito mais longe. Optara então por usar de expedientes escusos para crescer mais. Iniciara por pequenos golpes, aliara-se a empresários e políticos inescrupulosos, montara empresas fraudulentas, e de um golpe a outro fora se transformando em um homem riquíssimo e poderoso, não obstante, vivia em meio a uma choldra execrável. Não podia sequer dormir bem, mesmo sendo um crápula, sua consciência, lá no fundo, ainda que sojigada, lhe atormentava. Todo este estado de coisas fizera com que Mateus, em pleno esplendor de seus 35 anos fosse condenado a prisão em virtude da extensa lista de crimes que colecionara durante sua vida e que fora driblando até que não pudesse mais safar-se. Em seu curriculum criminoso, constava até mesmo a execução de um promotor público que tentara imputá-lo, este fora sem dúvida o fator determinante para seu arresto e detenção. Dos doze anos a que fora condenado passara sete na penitenciária estadual, lá sofrera toda sorte de violência, fora até estuprado por vários homens, contraíra HIV, desenvolvera a doença e padecera todo tipo de sofrimento até morrer quatro anos mais tarde, em estado deplorável.

Mais uma vez o espanto lhe pusera a nocaute, talvez o que mais lhe estivesse atormentando era o fato de tomar consciência sobre as coisas que um ser humano pode fazer na vida, independente de como ele ache que seja, em virtude do meio em que vive e as circunstâncias que o cercam. Estava chocado com aquela vida imunda que acabara de viver, uma vida que começara tão maravilhosa, é incrível como não temos mesmo controle sobre nosso destino, é possível saber como iniciamos nossa vida, mas jamais poderemos ter a noção de como ela poderá terminar.

Chegara a experimentar também uma vida comum, comum até demais, de um homem escravo do trabalho, com uma família para sustentar e coisas assim. Um típico cidadão brasileiro pobre. Caminhando para tornar-se um velho que nada mais amealhara em toda sua existência do que a possibilidade de comer, dormir, respirar, trabalhar e ver os dias passar, um a um, ano após ano. Nem sequer chegara a ficar decepcionado com nada, porque nada ansiara em sua vida, e em não se havendo expectativas obviamente não há decepção, porque esta advém justamente da sôfrega ânsia da conquista frustrada.

Mais transtornado do que nunca, Mateus chegara à clarividência da grande tolice que fizera ao ter desprezado a melhor vida que poderia ter tido, que de fato tinha e não tivera sapiência e senso de discernimento para entender.

- Meu Deus! Sei que és tu que fala comigo, me escute, encarecidamente! Por favor, perdôe-me pela grande loucura que fiz, dê-me a oportunidade de poder voltar agora e continuar a viver a vida tão maravilhosa que tinha, sei que pode fazer isso.

- Engana-se meu filho, nada mais posso fazer, mesmo porque, deste lugar onde está agora e que ficará durante muito tempo, não se sai por decreto. Ficará aqui se debatendo em seu arrependimento, terás apenas o privilégio de poder experimentar outras possibilidades de vida, como acabaste de fazer, poderá continuar a jogar este jogo. Mas tudo indica que levará muito tempo para que possa acertar e finalmente estar apto a cumprir tua etapa de forma natural e aí sim, ir para onde ficará bem para todo o sempre. É preciso antes de tudo ter a consciência de que os atos que se toma durante a vida terrena, um após outro, podem determinar todo o desfecho, ainda que este esteja décadas adiante, uma simples atitude indevida e tudo toma outro curso, diferente do que se deveria ter tomado. Desta vez estavas perto de acertar, fizeste tudo de maneira coerente, viveste segundo seus impulsos, era até certo ponto feliz, mas cometera então um gravíssimo erro, errara ao julgá-lo. Não te aceitaste como eras, sua intolerância contigo mesmo te custara esta vida que agora clama por ela, que a tinha nas mãos com toda plenitude, como poucos na sua condição poderiam ter. Terá agora que pagar o pesado ônus desta atitude, por tua autopunição. Foste demasiadamente cruel contigo mesmo. Isso já é imperdoável, quando se faz algo de mal a um semelhante. Neste caso, ainda se pode ponderar sobre o porquê desta atitude, já que as vezes os homens erram por ignorância, pela incapacidade de avaliar o sentimento alheio, tiraram base por si mesmos, segundo o que as coisas são para si, desprezando a verdade de que todos são diferentes e o que talvez para ti possa ser algo normal ou pelo menos aceitável, para o outro é coisa grave e terrível. Mas causar o próprio flagelo é inaceitável, porque neste caso se tem a perfeita dimensão da dor que se causa, além de cometer também o mais grave pecado do homem; atentar contra mim, já que sou eu em ti, seu criador, pai do filho unigênito. Mormente tu, que tiveste vida tão maravilhosa.

Não se leva este aprendizado de uma existência a outra, mas resquícios dela podem impregnar seu profundo inconsciente da alma, posso legar-te isso, para que consiga vencer, que é o que mais almejo, filho. Feliz será o mundo e toda a humanidade, o dia em que este elementar e pródigo conhecimento for do entendimento do homem, aprender sempre a aceitar a si mesmo com é, em todas as etapas da vida, como fruto da própria feitura, das próprias escolhas. Entender que de fato o que vale é o que se vive e não o que se faz com as coisas do plano material, que nada valem, que nada mais são do que joquetes que os tolos homens criam para si, como forma de sentirem-se poderosos, que os fazem forçar uma falsa comparação de superioridade com seus semelhantes, e que de fato não existe e que ficará muito claro no derradeiro momento de cada um, quando todos, indiscriminadamente experimentam a mesma dita, a mesma que você está enfrentando agora. Aqueles que estiverem mais próximos desta verdade poderão ficar melhor no após, que de fato é onde se tem que ser um vencedor, é onde vale de fato a pena ser feliz.

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