A Garganta da Serpente
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Entre as hienas

(J. Geraldo Neres)

O tempo - criança mimada executando seu ofício entre as hienas. O domo sagrado abriga o livro das palavras silenciadas, abortos literários - poetas em crises (Ampulheta distorcida, grãos alimentando o vazio branco. Rito macabro narrando o fracasso destes seres).

Quatro espectros - os guardiões, inúmeras tatuagens pelo corpo, simbolizando a torre de babel. Eles são envolvidos por uma borrasca cinzenta e mais grãos são acrescidos na ampulheta e novas tatuagens surgem do nada.

Um novo poeta. Um novo capítulo. O volume deste teimoso poeta é timbrado por lágrimas - palavras exiladas - esquecimento.

Subitamente a tempestade é abrandada. Um sarcástico sorriso preenche a face de um guardião. Um pânico momentâneo abraça os demais. E nesta quimera um poema é retirado do lixo.

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