A Garganta da Serpente
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As nuvens

(Peter_Pan)

Foi quando o menino saiu de casa para ir à escola. Era pra ser a mesma costumeira ida, as mesmas ruas, mesmas casas e prédios. Mas ele olhou pro céu e pôde avistar, protegendo os olhos do sol, as dádivas efêmeras em seu ritmo rápido e lento (tão devagar aqui, e num piscar de olhos, já estão acolá). Sim, dádivas efêmeras da natureza, feito flocos de algodão doce a flutuar no firmamento. Alvíssimas. O menino via um coelho, não não, um coiote, mas pera, não seria uma baleia? Tantas formas faziam a imaginação da criança ruflar as asas de excitação.

As nuvens o transportavam, faziam-lhe ascender lento com o seu passar, então ele voava feito colibri. Elas carregavam seus sonhos, desejos e esperanças para outras terras, não só os dele, de todos que depositavam seus olhares tenros nelas, e assim, saturadas de sonhos elas choviam, e a chuva fecundava a terra, que fazia brotar os sonhos materializados em flores; e também da chuva, os sonhos se juntavam em rios que desaguavam no mar... que é de todo resto. Foi então que o menino despertou do sonho acordado, e percebeu que era um homem, mas o menino que gosta das nuvens sempre estaria pulsando vivo em seu interior.

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