Um homem pálido, de olheiras, olhos azuis marcados de sofrimento.Ele
vestido de preto, sobretudo e de costas largas, até esquisito pra seu
estilo.
Acendia um cigarro, olhava o horizonte além do que podia, nesse momento,
noite fria na Inglaterra, em uma de suas ruas desertas pairava uma borboleta
sem vida e sem brilho, diferente daquelas que traziam alegria ao deserto florido.Essa
era medonha.Borboleta horrenda brincava no ombro de homem e parecia que se animava
a cada tragada que este dava.
Olhos ameaçadores, porém cheios de medo sobre o homem.Era um mendigo
sentado no chão e espantado da palidez e olheiras de pessoa tão
assustadora.
- E aí garotão...Vai comigo hoje?
-Com você?-risada sinistra característica desse homem.-Nunca fui
e que Lúcifer me ajude á não cometer besteira fatal...
- Ai que medo!
E assim soou um grito de dor pela rua pequena e quase deserta que se passava
essa cena.A prostituta cai ensanguentada da facada que levou na barriga.Logo
depois, ouviam-se janelas batendo forte e reclamações de que era
madrugada.Hora de dormir.O barulho incomodava aquela gente.
E a borboleta acompanhava tudo de perto.
Depois de 20 minutos de desespero mental o homem e a borboleta ouviam a sirene
da polícia.E assim a borboleta voou e desapareceu e do homem caía
pena de suas costas.Era um anjo, um anjo negro que descia ao inferno.E a polícia?A
polícia como sempre no meio do caminho.Depois de seis meses arquivou
o caso "assassinato da prostituta em noite de lua cheia".
- E pra finalizar...Como sabe dessa historia?
Ecoou uma risada sinistra na sala de entrevista da revista de rock -vampiros
da noite.
- Não sei...apenas me contaram.