As frutas nos galhos, sem calor, o ar úmido cobria suas peles com o orvalho 
  capaz de lhe molhar as mãos. ela lavava as louças, o marido tentava 
  acender a lareira. Esquilos passeavam também nos galhos da árvore. 
  Ela disse que se tivesse segurado em algum desses galhos, ou caminhado pelo 
  jardim dos trevos de quatro folhas, se fosse à casa de chocolate conversar 
  um pouco, ela não teria ferido as mãos com a faca da cozinha, 
  a mesma que foi usada para cortar o bolo do casamento. A rotina decepou sonhos, 
  o riso do marido quase não aparece, parecem dois estranhos indo para 
  o mesmo caminho sem volta. Ainda bem que vez ou outra, eles se animam a ficarem 
  juntos nem que seja para fazerem os serviços caseiros, nos finais de 
  semana. Fora isso, os dois não se encontram mais.
ELA DIZ: Ainda bem que só nos encontramos nos finais de semana. Eu não 
  teria assuntos para mais dias. Ele é como uma secretária do lar: 
  o título deste texto. Já leu?