Era um dia diferente. Naquela tarde sentia que você olhou-me pela primeira
vez diferente, e por mais que meus olhos soubessem o que os seus revelou não
tentei ousar a falar.
Mas a cada dia que passava sentia que seus olhos não só me admiravam
e sim me queriam. Ele me dominava por apenas uns instantes, mas já era
o bastante para me enfeitiçar por inteiro. E os dias me torturava infinitamente,
e meus olhos, minha boca, meu corpo já queria te ter por inteiro. E a
cada momento nossas almas se juntavam minuciosamente, e chegou uma hora que
elas queriam se entrelaçar profundamente.
Mas como em romances ingleses, era um amor proibido, uma maçã
que desejava ser comida e apreciada, um pecado mortal e absoluto. Ele era um
lobo e eu a lua, uma junção única e ardente, um vivendo
a magia do outro, uivando secretamente para luz do luar.
Mas o destino foi mais cruel. Pude sentir sua boca se desmanchar sobre a minha,
sentia o prazer circular sobre meu corpo, sua mão me dominar esculturalmente...
E ele foi ao céu, conheceu as mais belas estrelas daquele beijo, a mais
prazerosa delícia de uma maçã proibida, o prazer triunfal
que só uma mulher poderia mostrar...
Mas a maçã já fora mordida, o pecado foi derramado ao chão,
mas nós dois sabíamos e tínhamos a chave absoluta da felicidade
dos nossos destino.