A Garganta da Serpente
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Taj Mahal
(O Epitáfio do Amor)

(Alfred' Moraes)

O Taj Mahal merece
Todo um capítulo a parte
Já que é um misto de arte,
Da mais nobre arquitetura,
De bom gosto e de riquesa,
De requinte e de belesa
Único em qualquer cultura..

Shah Jahan, um homem nobre
Era rico e poderoso
Tinha um harém numeroso
À sua disposição.
"Amor é anzol sem isca"
Sendo assim uma obelisca
Fisgou o seu coração.

A paixão foi tão intensa
Que durou por muitos anos
O casal fez muitos planos
E muitos filhos também.
Treze não deram trabalho
Mas o próximo pirralho
Não conseguiu nascer bem.

Aryumand Begam
No conforto de seu quarto
Não suportou mais um parto
E faleceu nesse dia
Seu esposo apaixonado
Num momento inusitado
Jurou que construiria

O mais belo dos sepulcros
Que a humanidade ja vira.
E por toda a Kashimira
Mandou chamar artesões,
Construtores e Arquitetos
Renomados e seletos.
Não queria imperfeições.

Então por vinte e dois anos
Trabalharam nessa obra
Jamais usaram manobra
Pra terminar o projeto.
Todo o detalhe foi feito
Sem o mínimo defeito
Com paciência e afeto.

Mais de vinte mil pessoas
Contratadas no oriente
Trabalharam duramente.
Não teve um só construtor.
Hoje o túmulo-palácio
Representa o epitáfio
E o símbolo do amor.

Essa singular história
Do belo Taj Mahal
Parece um tanto irreal.
Para os padrões atuais.
Hoje se o ente é amado
É mais fácil ser cremado.
Logo após os funerais.

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