A Garganta da Serpente
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Urântia

(Alfred' Moraes)

Pai Universal e Deus
Criador
dos Universos,
Das galáxias, dos mundos,
Por todo o cosmo, dispersos.
Sendo Eu, Tua Criação,
Concedei-me inspiração
Para escrever estes versos.

Tendes a luz como vestes
E os céus como cortinas,
Habitas todas as partes,
Controlas todas as sinas.
Dê-me a luz do entendimento
Para eu ter discernimento,
Ousadia e disciplina.

Segundo O Livro de Urântia,
Obra de estudos profundos,
São muitos os universos
Que abrigam bilhões de mundos
É como um sistema vivo
Com ciclos evolutivos
Metamórficos, e fecundos.

O Universo Perfeito
É o centro da criação
Possui um núcleo perene
Essência da Perfeição.
O Paraíso é lá dentro
Fica numa Ilha Centro
Num plano sem dimensão.

Do Universo Perfeito
Emana toda a energia,
Todo o poder, toda a luz,
E tudo o que principia.
Não tem começo, nem fim,
É a Plenitude, enfim,
Da Divina Moradia.

Recebe o nome de Havona
Esse universo constante
As galáxias que o compõe
São eternas ocupantes.
Contém um bilhão de estrelas
Que jamais iremos vê-las,
Do Nebadon inconstante.

Nebadon é o universo
Do qual Urântia faz parte
Mas tudo nele é finito.
Tem seu tempo de descarte
Um dia o sol perde o brilho
Um asteróide erra o trilho,
E a terra enfim será marte.

Cerca de um trilhão de anos
Urântia é desse tamanho,
Porém no último ciclo
Seu Criador deu-lhe um banho
De "evolução galopante"
Que o velho planeta errante
Mudou o seu tom castanho.

Pra nuance azul-celeste,
Quando vista do espaço
Mas, quem vive no pedaço,
Vê Urântia em multicor.
Se continuar assim
Talvez prolongue o seu fim,
Depende do Criador.

Este azulado planeta
Que todos chamam de Terra
É um ponto no universo,
Mas quanta beleza encerra.
Quem falar que o mais bonito
Dos planetas, eu admito,
E asseguro que não erra.

Gira em torno de uma estrela
Que é de quinta grandeza
Na ponta da Via Láctea,
Pela gravidade, presa.
Não tem calor e nem brilho
Se um dia perder o trilho
Perderá sua beleza.

Cinco, são os oceanos,
Também cinco os continentes,
Duas calotas geladas,
No equador é mais quente
Tem vulcões e terremotos
Que desde os tempos remotos
Já mataram muita gente.

Tem florestas e montanhas,
Vales, desertos, cerrados,
Tem bacias hidrográficas
E tesouros enterrados.
Esse globo heterogêneo
Envolto em oxigênio
É um mundo abençoado.

Dos elementos que existem
Na sua composição
O carbono certamente
Tem uma grande função
Assim como o hidrogênio
A massa de oxigênio
É vital à criação.

A relação desses "gênios"
Foi algo extraordinário
No mais sublime momento
Um organismo primário
Respirou profundamente
E a vida, solenemente,
Inaugurou seu berçário.

Entre milhares de mundos
A TERRA fora escolhida.
Sua evolução parece
Planejada e dirigida.
Como se explica o critério
De sua escolha e o mistério
De ser o berço da vida?

Deve ter algum propósito
Por parte do Criador.
Se a criatura interroga.
De onde venho aonde vou?
É natural a pergunta,
Para a resposta vir junta
Basta se vestir de amor.

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