A Garganta da Serpente
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Você sabe por que dois cachorros quando se encontram, um cheira o "fiofó" do outro?

(João Camilo Hernades)

Você sabe me informar por que quando dois cachorros se encontram pela primeira vez, um cheira o "fiofó" do outro?

-Não. Nem desconfio.

-Eu explico. Quando o Criador Divino, depois das aves, rios, mares, plantas, ele falhou ao projetar, no cachorro, um "fiofó" logo abaixo do rabo, a vista de todos, sujeito, inclusive, a sujar-se com areia, terra, etc.

-E daí.

-E daí? O Criador Divino convocou então a cachorrada toda para, democraticamente, estudarem um lugar mais adequado para o dito "fiofó". Logo abaixo da barriga? Por entre as pernas? Com uma condição importante: todos os cachorros que ali comparecessem deveriam participar da reunião sem os seus "fiofós" originais.

-Como assim?

-Todos deveriam arrancá-los e deixá-los guardados na portaria.

-E daí.

-E daí? A reunião não foi nada democrática não. Muita briga, mordidas mútuas, raivosos latidos, a maior baixaria.

-E daí?

-A reunião foi interrompida pois todos saíram em desabalada carreira pelo meio da rua e, a maioria deles, na confusão, levou o "fiofó" que não era o seu. O Pastor Alemão então pegou o "fiofó" do Pinscher, tamanho zero. O São Bernardo, o "fiofó" de um pulguento Pudol Toy, e por ai vai.

-Termine, pô!

-Tá. Esta é a razão, portanto quando os cachorros se encontram, a primeira coisa a fazer é cheirar os "fiofós" mutuamente. E o resultado?

-Esnife...esnife...pô...este não é o meu..., rosna o primeiro.

-Esnife...esnife...pô...este também não é o meu, rosna o segundo.

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