A literatura da era clássica está dividida em poesia lírica, poesia pastoral, a epopéia, e no gênero dramático (tragédia e comédia).
A poesia lírica, de fundo platônico, encontra sua principal expressão em Petrarca, autor do Cancioneiro - obra com cerca de 350 poemas, na maioria sonetos - que trata do amor inacessível de Laura. Terá seguidores por todo o mundo, como Camões e Sá Miranda (em Portugal), Garcilaso de la Veja e Fernando Herrera (na Espanha).
A poesia pastoral se baseia nos poemas bucólicos de Virgílio e encontra sua maior expressão na Itália com Torquato Tasso (Aminta, 1752) e Sanazzaro (Arcádia, 1502).
O gênero épico foi a criação mais notável da Renascença: trata-se de uma narração em versos de feitos heróicos. A epopéia é a interpretação poética de um mito. Possui versos decassílabos, épicos (medida nova), apresenta rimas ricas, heróis, seres mitológicos, um narrador em 3ª pessoa (observador), e divisão em cinco partes (proposição: tema; invocação: deuses; dedicatória; narração; epílogo). O poeta exalta e glorifica os valores nacionais, legitimando simbolicamente sua nação e profetizando seu destino glorioso. A mais importante obra épica do classicismo português é "Os Lusíadas" que narra os feitos heróicos dos portugueses (os lusos, daí o nome da obra), que, liderados por Vasco da Gama, lançaram-se ao mar numa época em que ainda se acreditava em monstros marinhos e abismos. Ultrapassando os limites marítimos conhecidos - no caso o cabo das Tormentas ao sul da África - chegariam a Calicute, na Índia. Tal façanha, que uniu o Oriente ao Ocidente pelo mar, deslumbrou o mundo e foi alvo de interesses políticos e econômicos de diversas nações européias.
O teatro recupera da Antigüidade a tragédia e a comédia, agora em linguagem vulgar. Em Portugal, destaca-se Antônio Ferreira, com a tragédia Castro. A figura proeminente do período, entretanto, será William Shakespeare (1564-1618), na Inglaterra.