A Garganta da Serpente
Ouroboros histórias sem fim

A MORDIDA


    Olga espreguiçava-se com prazer. Onde estariam suas roupas? Já era dia alto e quente. Carlos estava ao seu lado. Fartara-se a madrugada inteira. Agora, não queria mais tê-lo por perto: a fome passou.
    Todavia, alguma coisa a irritava. Aquele mesmo sentimento idiota que a gente tem quando não quer admitir alguma coisa.
    Olhou demoradamente para o próprio corpo nu, vasculhou tudo até parar naquele canto sagrado da perna esquerda, de lado, logo abaixo do joelho. Sua deliciosa cicatriz.
    Ele. De novo "ele". Sempre perturbando seus pensamentos. Aquele garotinho bobo com quem ela vivia brigando quando criança...
    Esta foi a última vez que o vira: socos, pontapés, puxões de cabelo, a mãe correndo para arrancar o menino que mordia, enfurecido, sua perna fina... A família dele se mudou em seguida. Ficaram um bom tempo sem vizinhos de frente.
    Brigavam, mas porque ele sempre dizia que, um dia, iriam namorar.
    Onde estaria "ele"
(A Garganta da Serpente)

     E de novo o pensamento levou-a a considerações preguiçosas sobre o sentido ou a falta de sentido da existência; tipo "e se tivesse sido tudo diferente", ou "será que estaria lá ainda? Uma esposa, com direito à casa, carro, hipoteca e chifres?". E falando nisso, aquele filho-da-puta me entendeu alguma vez? Quer dizer, eu aguento a parte da esposa, até mesmo dos chifres, eu contribuiria com mais chifres. Mas porra, só uma vezinha, será que só por uma vezinha escrota e fedida aquele corno me entendeu? É o caralho, o dia começando, a prestação atrasada, e eu aqui como uma espécie de chapeuzinho vermelho com TPM, pensando num homem, que pelamordedeus, cresceu comigo, caralho. É, eu tô parecendo um Leopold Bloom de calcinha, pensando e pensando, cagando metafísica por todos os poros, enquanto escovo os dentes. Aí, e agora, o quequéisso aqui embaixo, meus Deus, uma pereba, e bem na buceta; que não seja uma infecção, por favor, por favor, por favor. Mas o que é que eu tô falando? Tem ginecologista prá que? Eu preciso de ar, é isso, muito ar; mais ar e menos homem, que a única função de homem é desapertar frasco e fatiar perú; há, perú, taí, gostei. Fatiar um belo de um perú; e sem fimose, por favor, viu Shirley Mclane.


     Hã? Cumequié? Que é eu tô pensando, meu Deus? Shirley Mclane não tem nada a ver com isso. Eu tô ficando doida, e logo de manhã, e com um cara na cama...ah, como é mesmo? Carlos alguma coisa, um troço desse aí. Meus Deus, praticamente uma criança. Meus parabéns Olga, Elisabeth Batory dos pobres, devoradora de homens, vampira em meio-expediente, assassina, filósofa e estivadora. Pois é. Eh, merda, olha aí, ele tá acordando e eu aqui falando sozinha com a única pessoa com quem realmente me entendo: euzinha e somente eu. Ó saco, o negócio agora é ter paciência."oi", diz ele, se levantando; "o teu nome é Olga, não é? Quer dizer, não é que eu tenha esquecido, mas é que...", e ficando de pé começa a caminhar em direção à pia, onde uma Olga mal-humorada laboriosamente escova os dentes, molar por molar, incisivo por incisivo, e preparando uma cara das mais feias. "É Batory", Olga. "Como?", Carlos. "Elizabeth Batory, detestável e malvadíssima condessa húngara, eu mesma, especialista em seduzir jovens, e arrancar-lhes a glândula pituitária com os dentes..". Carlos ri, confuso, e mais confuso ainda acaba por decidir fazer alguma coisa para acabar com o constrangimento; este novo constrangimento que essa nova Olga, essa Olga da manhã, parece trazer-lhe. Sem conseguir pensar em nada melhor, começa de modo desajeitado a acariciar-lhe o seio esquerdo; sendo premiado com um sorriso de mofa, maroto. "Eu não estou entendendo, não era OLga? Quer dizer, porra, agora você vem com essa de Elizabeth...é alguma coisa que eu não entendi?" Olga segura a mão de carlos com mais força contra o seio, e dá-lhe um beijo de estalo. "Elizabeth Batory, Salomão Ibn Gabirol, Bahia Ibn Pakuda, Ana Akhmátova, Murasaki Shikibu; faz alguma diferença prá você, menino? Vem cá, faz uma coisa útil, mama nessa teta aqui, que é um bom de ocupar tua boca, vai.". Carlos sorriu, sentindo-se vagamente um idiota, e para sua surpresa, e contra mesmo sua vontade, começou metodicamente a se ajoelhar, encaixando com precisão o lábio contra o mamilo, dente contra maciez...e mamou.


     Por um único instante, ficou feliz: tolice de quem não pensando. Carlos prosseguia, ávido e instintual. Tudo parecia perfeito.
     Súbito, o controle se perdeu e toda realidade ruiu com peso insustentável.
     - O quê você fez, estúpido? Tire suas patas de mim.
     Carlos a mordera. Que aburdo! Uma mordida! Que inferno.... "Ele" sorriu. De onde quer que estivesse. "Ele" ainda a controlava, ainda a mordida com seus olhinhos infantis. Olga tinha que dar um jeito nisso. Precisava encontrá-lo (ou mordê-lo?)... Tanto faz. Queria liberdade.
     Carlos permaneceu atônito, pousado no chão do banheiro, enquanto Olga batia a porta do apartamento, ainda com a blusa por vestir.


     Olga enquanto pensa sente, meu mamilo ,minha vida não pode ser resumida em mamilo, o sentimento de uma mulher como eu, plena de más intenções, me transmutando, enquanto interceptadora do sentimento do homem que está ao meu lado; as mulheres detestam mordidas no seio ,mas não eu, pois meu seio é pétreo e Carlos não sentirá jamais o meu gosto de sal. Os homens da minha vida sempre foram eduardianos, porém meu clitóris é
     Sentimental como uma poesia de Yates. Mas meu mamilo ainda está em sua boca, como uma hiena que devora um rinoceronte morto, Oh! Carlos meu sublime Carlos ,o desejo não me sufoca, mas o seu desprezo pela minha condição de predadora de homens me deixa louca ,e o horror de ficar sem seu espremer de mamilos condiciona minha saída deste quarto.
    


     Carlos nem ao menos piscou, apenas olhou com a graça de um quelônio, para a porta. E então, perdido, como um garotinho a quem lhe negaram um mimo, silenciosamente, bovinamente, começou uma masturbação mecânica, incompetente, o tempo todo pensando: señor, estoy en marea baja: es el efecto del cuarto de luna.


     Apesar de ter conseguido ficar horas consecutivas se masturbando, foi impossivel conseguir vir-se, pois só mesmo a presença de Olga é que lhe permitia ter uma explosão de sémen, só a presença de Olga, só a sua eusômá, tu és um cãozinho obediente, que obedece cegamente a tudo o que eu digo...e então, pensou em levantar-se, dirigiu-se ao frigorifico para ingerir alguma coisa, ele até o podia tentar negar, mas masturbar-se provocava-lhe sempre uma fome incontrolável.
     Ao chegar ao frigorifico, olhou para a foto polaroid que tinha tirado a Olga na noite anterior, e ficou pasmado a olhar...A cama estava lá, os traços dela estavam lá...mas...cadê ela, que género de coisa era ela, que não aparecia nas polaroid ?


     Olga interrompia os últimos vestígios do dia com seu sorriso perverso. Andava, flutuava, pela calçada suja, em busca de mordidas. Daquelas mordidas.
     Será que ainda lembrava o caminho de casa? Fazia dois meses que estava morando com.... Como era mesmo o nome? Carlos. Sim, era Carlos. Sempre impulsiva, sempre abandonando a própria vida.
     Aí estava ela, a casa, intacta. O portão bem fechado, protegido pela poeira.


     O Narrador: como você diria que Ele se sentia em relação a você?
     Olga: Eu não sei...diria que Ele era uma grande e incomensurável besta, incapaz de amar uma mulher completa; incapaz mesmo de se perder...um grande idiota, eu lhe digo.
     O Narrador: Mas, perdoe-me se me engano, mas...se é assim, por que você se guardou estes anos todos para ele? Digo, você é Olga, e é também um completo enigma. Você faz amor com um completo estranho, Carlos, e pela manhã desaparece; como se a vida fosse incompleta, como se o dia trouxesse a imagem do outro...Dele, e a comparação fosse odiosa demais, insuportável demais.
     Olga: Você é um idiota machista, sabia?
     O Narrador: e você é uma mulher, e estamos falando de mulheres. Ou melhor, falamos de uma certa Olga: simples, completa, amorosa, única. Diga-me, você conhece os segredos do amor e da paixão?
     Olga: Olha...eu sou uma Olga. E sou uma besta; minha imagem não reflete no espelho, o que só me deixa uma resposta: jamais tive algo novo para trocar com o mundo, e sou no cômputo geral, não uma, mas duas, não, três, ou quatro Olgas. Uma ou outra mais esperta e alegre, mas a maioria, somente mulher. Poderia falar mais, mas, se não te incomodar vamos ficar por aqui.


     E Olga virou as costas ao narrador, sem mesmo esperar uma resposta da parte dele, e continuou a caminhar pela calçada, tendo como unico destino os lençois de seda, e o corpo quente de Carlos.
     O Narrador ainda tentou fazer mais uma pergunta, mas nenhum som brotou da sua boca, ele apenas ficou olhando aquele corpo divinal deslizando sobre as pedras da calçada, quase sem as tocar, "Olga...Olga, quem serás tu realmente, mistérios antigos inalam da tua pele, pareces bem nova, mas teus olhos revelam uma sabedoria que só mesmo os anciãos podem ter, Olga...Olga, Quem serás tu ? "
     Olga cruzou a esquina, estava cansada de perguntas, porque é que têem que existir sempre as perguntas
     -Quem serei eu ?


     E, sem mais nenhuma esperança de resposta, o narrador vira-se para ir deitar. É quando Olga atravessa as paredes do etéreo e vem para o mundo real. Bem real. O narrador e Olga, frente a frente


     Então o narrador começa a olhar sua própria criação e ve q é a mulher dos sonhos dele... então ele começa a tirar as roupas dela e ela sem entender nada fica quieta. Então o narrador joga Olga em cima da cama e começa a transar violentamente com ela. Olga se deixa levar pelo narrador e acaba gostando. Então depois de transarem Olga e o narrador ficam um olhando para o outro, pensando oq cada um iria falar...

_ZeuS_
     Mas isto, é claro, se existir um narrador ideal, ou mesmo uma Olga, uma mulher que seja...falamos evidentemente de dois amantes, com o cansaço pós-coito evidente em cada suspiro. É de uma esperança que falamos, de que talvez o narrador esteja mais perto do que pareça, assim como a própria Olga parece ganhar mais substância...enfim, os dois estão perigosamente perto de parecerem pessoas, lá, cansados e nús, olhando um para o outro.


     As coisas parecem fugir ao controle, agora o narrador subtamente passa de um mero espectador, descrevendo os fatos que presencia, a uma personagem desta trama...
     Atacado por um sentimento doentio e sabendo que seu destino o condenou a simples condição de narrador, possuido de um amor incontrolável, resolve dar mais uma virada nesta história, pois de narrador passa a personagem e agora também um vilão.
     Com as mãos ele segura a garganta da bela Olga, que nada pode fazer, devido a força descomunal do narrador, que após matá-la foge sem deixar pistas...


     Dos tantos narradores que esta história já teve quem será o terrível vilão???
     Será que sou eu??? Talvez vc??? Ou quem sabe, vc???
    


     E então, a história terminou por aqui...engraçado, eu pensava que as pessoas que se encontram por aqui soubessem escrever e respeitar, mas a porcaria da história, começou a dar uma volta tal, que agora ninguém lhe vai conseguir voltar a dar rumo...acho que qualquer um que estivesse a escrever, lhes quer agradecer...obrigado aí, taradões...sexo e morte, não é...o problema, é que mataram a personagem central...
    


     Olga acordou com a mão em sua garganta...sentia a dor ainda viva de...uma mordida??? estaria impressionada??? e esse carlos com quem sonhara? e porque agora a imagem daquela peste que um dia foi seu vizinho? olhou para a cicatriz abaixo do joelho - ainda era real. Correu ao espelho,examinou o pescoço. Nada. Mas queria tanto sentir novamente os dentes afiados na pele.


     Os dentes que a chuparam devoradamente o pescoço,pescoço aquele que avia sido tantas vezes "comidos"por tantos outros...E ela lembra de quando foi estuprada por um ser desconhecido,ele era meio vermelho,com antenas verdes,e com uma "ferramenta"muito util que por acaso era tambem muito grande!!!


     Era o garimpeiro do universo, com sua foice laser, veio para esta história para ceifar o plúribo fétido da vil ignorância arredia dos pobres mortais que vomitam os ínfimos restos de saneidade mental que podem suportar em suas mentes doentias e podres.
     Vem estes seres, a execrar as histórias e seus autores (ou narradores), como se tivessem algum direito sobre a liberdade de expressão daqueles que tentam exercitar suas habilidades e compor um digno fato de expressão de liberdade e demonstração de inteligência.


     Enquanto andava a esmo pelas ruas, Olga tentava se situar na realidade que a cercava. Acordou ao lado de um homem que pouco importava para ela, depois, conheceu o seu próprio deus, o homem que a criou. O narrador. Foi estupidamente violentada e depois, sim, depois foi assassinada. Entretanto ainda estava viva... quer dizer, ainda andava. Duvidava que ainda tinha alma.
     Para engrossar um pouco mais o caldo das confusões que enfrentava, havia as enigmáticas mordidas, verdadeiros mistérios que cercavam sua vida desde a origem.
     Já em seu lar, encontrou Carlos sentado na cama. Ele estava nu, e a olhava com olhos estranhos.
     - Não ouse me aborrecer agora, estou confusa.
     Disse Olga, mas algo a fez parar. Subitamente sentiu algo que invadia suas entranhas com voracidade, era medo. Medo. Brilhava nos olhos de Carlos uma luz estranha, macabra e medonha demais para pertencer àquele estupido ser.
     - O que aconteceu com você... O que vai fazer com esta faca...


     E ele caiu aos pés dela em prantos. Não conseguia fazer nada:
     - Realmente achei que, desta vez, você seria homem! Que tolice!
     E se solta dele com raiva... Caminha até o banheiro cansada, tira as roupas... mas, no momento, parece que o banho não vai repor suas energias.
     Coloca novamente as roupas, sai do banheiro e dá de cara com Carlos, esperando uma resposta, uma razão para que ela estivesse tão brava...
     A pergunta veio quase sem som:
     - Porque você me machuca tanto? Porque?
     - Não tenho tempo para tantas perguntas! Sabes bem que não gosto de responder sobre a minha vida! Nem eu mesma me conheço... Como queres me conhecer? Se queres saber algo de mim, aguarda o momento certo e descobrirás, junto comigo.
     E o abraçou. Ele chorava desesperadamente, ela o sentou na cama e o beijou, delicadamente, amorosamente, como se beijasse um filho pequeno que estava pronto para dormir.


     Mas ele não dormiu, ele queria lhe agarrar, lhe sentir, lhe fazer muito bem.
     Era mais um dos grandes dilemas de sua vida, já que para ele, ela era mais que uma mulher era um doce lindo chocolate que ele comprara na suíça e queria esperar o momento certo para provar.Queria velas, luar, sarau e beijos apaixonados.
     Pena que sua vida não era um filme e sim a realidade.
     - É o caos, o terror de que tanto falei!!! - dizia Morgana, enquanto lhe encarava esperando resposta.
     Será que haveria resposta o caos é tudo e nada, portanto a melhor resposta seria o silêncio sábio e honesto dos ignorantes.


     O sol parecia fraco.
     Olga acordou com o ruído amargo do telefone, trazendo à tona a realidade perdida. Nunca havia vivido um dia de tanta angústia como o dia anterior. Parecia alguma premonição ruim. Perdera os sentidos como há muito tempo não acontecia.
     Carlos entra no quarto sorridente.
     - Meu irmão está vindo para cá. Finalmente você vai conhecer alguém da minha família.
     Um arrepio estranho percorreu a alma de Olga. Sentiu a cicatriz na perna esquerda. Por um instante teve uma sensação de euforia e medo.
     Ela não sabia. Mas "Ele" estava voltando para sua vida.


     
     Saiu da cama. Com medo, do que haveria debaixo dela. Pisou o chão frio. Com medo de queimar os pés. Contraiu as mãos. Com medo de que as machucasse. Reservou os olhos ao espelho. Viu sua alma medrosa, ansiosa. Viu as costas de Carlos. Com remorso. Viu seu futuro. Próximo. E mais do que nunca, previsivelmente imprevisível!


     Olga levanta e abraça Carlos pela cintura, e o som da sua voz sai, bem de leve, quase revelando o segredo:
     - Seu irmão vem hoje? Porque eu acho que não estarei aqui, tenho muito serviço, preciso sair...
     - Mas, hoje é Sábado!
     - Sim... é, mas, eu preciso ir....
     - Não, Olga, não desta vez, quero que você conheça Marcos...
     E a respiração de Olga se prende involuntariamente... Marcos? Não, não pode ser... Ai, meu Deus, eu estou dormindo com o irmão do Marcos?
     Olga corre para o banheiro, meio atordoada; e, enquanto toma banho, tenta arranjar alguma desculpa para que não tenha que enfrentar o passado e presente na mesma sala...
     Após o banho, ela se troca com pressa e foge pela porta dos fundos... onde encontra... Marcos!


     ...e ao vê-lo é inundada por todo o esejo que já havia esquecido...ele perplexo compreende que a nova mulher de seu irmao é ela...tentam falar algo mas nao podem. Ele le pega a mao e a convida a fugir silenciosamente pelas escadas até o porao...alí, sem lhe dizer uma só palvra, beija sua boca com a saudade desesperada de um amante na guerra...esfrega seu corpo suado de medo no seu...sente seus seior rígidos rocar sua camisa, sua pele protegida por aquele obstáculo...corre as maos por sua bunda , levanta seu vestido, alcanca sua calcinha molhada de prazer....introduz bruscamente um dedo dentro da sua bucetinha quente e sente o vicoso latejar de seu sexo...passa o dedo usavimente em seu pinguelo duro e fala no seu ouvido obcenidades que lea gosta e responde com gemidos...seu membro está latejando dentro do jeans apertado que sempre leva...abre o ziper e puxa-lo para fora...abaixa sua calcinha até o joelho e, sentindo sua bucetinha toda livre, enfia seu membro duro no meio de suas pernas... e alí se esfrega sentindo o rocar úmido do seu pau entre os molhados e quentes grands lábios...ela geme e ele está cada vez mais louco...inverte o seu corpo e refaz todo o movimento anterior pela bunda, abaixa seu corpo, inclina cada vez mais seu corpo até que pode ver...

(eroticus)
     ...o contorno pegajoso do prazer...mas ainda nao era a hora ...ergueu seu corpo lentamente e a conduziu até a mesa, velha mesa de escritório, avermelhada pelo tempo...deitou-a na mesa e abriu lentamente suas pernas. Sua língua tesa alcancou seu pinguelo duro e morno...lambeu , lambeu, lambeu...até que estivesse a ponto de estourar....

(eroticus)

     Sonho que se sonha só, é só um sonho que se sonha só, mas sonho que se sonha junto é REALIDADE....


     "Primeiro não havia nada, nem gente, nem parafuso
    
     O céu era então confuso e não havia nada
    
     Mas o espírito de tudo, quando ainda não havia
    
     Tomou forma de uma jia, espírito de tudo
    
     E dando o primeiro pulo tornou-se o verso e reverso
    
     De tudo que é universo dando o primeiro pulo
    
     Assim que passou a haver tudo quanto não havia
    
     Tempo, pedra, peixe, dia assim passou a haver
    
     Dizem que existe uma tribo de gente que sabe o modo
    
     De ver esse fato todo diz que existe essa tribo
    
     De gente que toma um vinho num determinado dia
    
     E vê a cara da jia gente que toma um vinho
    
     Dizem que existe essa gente dispersa entre os automóveis
    
     Que torna os tempos imóveis diz que existe essa gente
    
     Dizem que tudo é sagrado devem se adorar as jias
    
     E as coisas que não são jias diz que tudo é sagrado
    
     E não havia nada espírito de tudo
    
     Dando o primeiro pulo assim passou a haver
    
     Diz que existe essa tribo gente que toma um vinho
    
     Diz que existe essa gente diz que tudo é sagrado"


     ...chega-se á porta e bate-se...abrem te a porta e já lá estás...noivas,anões,pequenos umbrellas pequenos coraçoes...todos juntos no festim...longo ritual...cogumelos,crianças insanas...procuram a oferta dos deuses...é a minha mão que vos pega´...é o serão que vos acolhe num bacanal sem história,apenas a dor das virgens...embriagadas,noivas do diabo...sentem a dor?sentem a dor? sentem a dor?...não existe dor...apenas a simulação de uma masturbação forçada...o gigante de 7 cabeças...o inicio de uma era em particular,o fim...logo agora que o festival acabou e tudo vai embora...nunca por entre céus dignos de festa aconteceu isto....já estoua a falar demais..........


     Saindo deste mundo fantasioso...volte ao mundo real cheio de luxuria...emprestimos...inflamcoes e incesto...Olga sua bruxa...dadaista...cheia de sangue na buceta...Carlos ja te fudeu tanto e vc naum tirou nada dele? ou me parece q ele tirou de vc??? Pegue a porra de uma arma e corte seu penis...roube seu dinheiro e viaje para o Mexico...los chicos te prezam mais...deixe seu lado marterial e fuja com os xamas...


     Do que falávamos mesmo? Ah, sim, de uma certa Olga, plantada em solidão no meio de um quarto. Reclamações por favor? "olha, sei lá, muita morbidez, sabe...alguma coisa se perdeu por aí.". Ah, tá, acho que entendi, talvez a falta de uma voz mais feminina, algo assim como uma mulher, um arqúetípica mulher, cheirando a Lilith, para dizer cruamente e também docemente, em alto, altíssimo som: UMA MULHER É UMA MULHER!!! OLGAS TEMO-LAS À MANCHEIA! Mas um acordar e uma revelação, uma pessoa conversando com suas entranhas é algo que deve, deveria, é imprescindível seja preservado; de modo que talvez seja melhor darmos voz a Olga, e um corpo todo seu para que possa exibido à luz da lua. Só. Um parto. Olga deve falar. E olga fala: "eu estou aqui, e neste transe, consigo um pequeno sorriso, arrancado a fórceps de minhas entranhas. Eu, Olga, Elizabeth Batory dos pobres, vou, ousar, ofendendo a muitos, ser irremediavelmente feliz.


As idéias são como pulgas, pulam de uns para outros mas não mordem a todos.
(Bernard Shaw)
Copyright © 1999-2020 - A Garganta da Serpente