SONETO DO CIÚME
Te amo tanto que de tanto...
Me vejo a seu domínio escravizado
Sem orgulho, um coração amedrontado
Prisioneiro do volume de seu canto
De tanto assim, me causa dor querer-te bem
Ponho-me triste quando não tanto receoso
Me faço ciumento quando não raivoso
Só em pensar te ver nos braços de outrem
De tanto fácil me apegar
Temo não sobreviver à despedida
Do que pensei levar para todo o sempre
Se a insegurança for sina de minha vida
É que a seu calor quero está rente
Para sentir-me em posse do seu respirar.
(Acácio Souto)
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