Época de Medo
Caminhos e refúgios
Impiedosos
Nas ruas circulam
Os criminosos
Inocência é rompida
O estado é tencionado
No submundo se vive
Sempre acuado
Mendigos são ratos
Na beira do cais
Descriminados imundos
Já não sonham
Crianças nas calçadas
Verdadeiros animais
Quando a fome aloja
Comem sopa de jornais
Não podemos falar
Não podemos falar
Não podemos gritar
Não podemos agir
Época de medo
Sempre com medo
Época de medo
Sempre com medo
Época de medo
Assim correndo
Época de medo
Assim vivendo
(Adriano Frera)
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