A Garganta da Serpente

Adriano Frera

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Época de Medo

Caminhos e refúgios
Impiedosos
Nas ruas circulam
Os criminosos

Inocência é rompida
O estado é tencionado
No submundo se vive
Sempre acuado

Mendigos são ratos
Na beira do cais
Descriminados imundos
Já não sonham

Crianças nas calçadas
Verdadeiros animais
Quando a fome aloja
Comem sopa de jornais

Não podemos falar
Não podemos falar
Não podemos gritar
Não podemos agir

Época de medo
Sempre com medo
Época de medo
Sempre com medo

Época de medo
Assim correndo
Época de medo
Assim vivendo


(Adriano Frera)


voltar última atualização: 17/02/2003
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