A Garganta da Serpente

Alberto de Oliveira

Antônio Mariano Alberto de Oliveira
  • aumentar a fonte
  • diminuir a fonte
  • versão para impressão
  • recomende esta página

VASO GREGO

Esta de áureos relevos, trabalhada
De divas mãos, brilhante copa, um dia,
Já de aos deuses servir como cansada,
Vinda do Olimpo, a um novo deus servia.

Era o poeta de Teos que a suspendia
Então, e, ora repleta, ora esvazada,
A taça amiga aos dedos seus tinia,
Toda de roxas pétalas colmada.

Depois... Mas o lavor da taça admira,
Toca-a, e do ouvido aproximando-a, às bordas
Finas hás de lhe ouvir, canora e doce,

Ignota voz, qual se da antiga lira
Fosse a encantada música das cordas,
Qual se essa voz de Anacreonte fosse.


(Alberto de Oliveira)


voltar última atualização: 30/05/2017
5061 visitas desde 30/05/2017

Poemas deste autor:

Copyright © 1999-2020 - A Garganta da Serpente