A Garganta da Serpente

Alberto Augusto Miranda

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desbichar as razões
em transe, vens
à invisão como um paráclito
que te desmaiasse

no medo de aspásia
o véu dos génitos,
temperos: o estufado
não tem subtis

das astúrias de leite, aquela imagem
não salva o rosto
do séquito das ilhas, a alegria
da divisão

perguntar o que escorre de ferro? o que
desmagoa da repetição lavadeira?

pela Boca do Alheio
esta noite, a minha tribo me desamiga

ubaldina em seu tecnicismo de couves
escuta a cozinha com ouvido remano. O pano

apaga, absorve. Papel.
nessa matriz o futuro
perece

em filhos dos filhos,
os mortos actualizados.


(Alberto Augusto Miranda)


voltar última atualização: 18/02/2009
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