solfeja a nicância,
põe as mãos
cerra os olhos, vê
deus pela janela da monja
podes a vociferação
encontra o Belo
e o frio do dia em morte
porta que se devagar fecha
som mesmo, outro som
assobio pequenino
remontando ao furioso
violino pagânico de Ana a tocar
no esquecimento
bronze continuando o gosto,
o ataque ao nascituro limite
no soltar a praga meloconfusa
todas as tessituras profissionais
amadoras do cerco
ferir, por comas, o agarro
a Virtu única, teu sofrimento
pendência de chegares
de corvo e pomba
como Lisboa em melhor
pedires ao nacituro
o permanente apetite nele,
a infinitude
(Poema do livro "Dá-me Com A Noite")
(Alberto Augusto Miranda)
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