Soror, a Morta
em golfos paradinhos
sobre textura de couve
onde fossilinga a forte
menstruação do primeiro dia.
está no desaparecido
sangue da violência da própria
anterioridade do corpo
do que nem era seu, a ferida
do Cavaleiro anterior
que derramou a neve
sobre o incêndio da Viva.
planícies insurgem e parecem
os lugares desta Morta
Só quando ruge o mar
se erguem velas ao desespero
sob promessa decapitante:
jurar desistir
jurar ser outros
ao primeiro assalto social
em direcção aos corpos de fogo
filhos em chuva
(Poema do livro "Dá-me Com A Noite")
(Alberto Augusto Miranda)
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