A Garganta da Serpente

Alberto Augusto Miranda

  • aumentar a fonte
  • diminuir a fonte
  • versão para impressão
  • recomende esta página

sai-me dos olhos um cavalo
um destino em reserva
para as facadas na garganta
com mãos cruéis
como se fosses ostra e tivesses acaso
uma puta de uma pérola

ameaças porque o vento não sopra
de ti de nenhum
porque me desejas abelha à tua volta
impões um caudal
de espinhos à minha chegada

Atiro-me aos cimentos, às buzinas, aos
patrões, é livre,
se falo há um erói
um caule de ventura

baila por sobre ti
o cavalo que me saiu dos olhos
anjo de leite vermelho
por sobre ele te afastas da consistência

o sumo equídeo
se teria esgotado no côncavo
de um sonho finissecular

contra as rochas da pululante
Grécia às ilhas

(Poema do livro "Dá-me Com A Noite")


(Alberto Augusto Miranda)


voltar última atualização: 18/02/2009
11144 visitas desde 01/07/2005
Copyright © 1999-2020 - A Garganta da Serpente