A Garganta da Serpente

Alexander Blok

Aleksandr Aleksándrovitch Blok
  • aumentar a fonte
  • diminuir a fonte
  • versão para impressão
  • recomende esta página

Do Ciclo Versos sobre a Bela Dama

No templo de naves escuras,
Celebro um rito singelo.
Aguardo a Dama Formosura
À luz dos velários vermelhos.

À sombra das colunas altas,
Vacilo aos portais que se abrem.
E me contempla iluminada
Ela, seu sonho, sua imagem.

Acostumei-me a esta casula
Da magestosa Esposa Eterna.
Pelas cornijas vão em fuga
Delírios, sorrisos e lendas.

São meigos os círios, Sagrada!
Doce o teu rosto resplendente!
Não ouço nem som, nem palavra,
Mas sei, Dileta - estás presente.

(tradução: Haroldo de Campos e Boris Schnaiderman)


(Alexander Blok)


voltar última atualização: 04/04/2005
6281 visitas desde 01/07/2005
Copyright © 1999-2020 - A Garganta da Serpente