A Garganta da Serpente

Alex Brondani

  • aumentar a fonte
  • diminuir a fonte
  • versão para impressão
  • recomende esta página

O ABISMO

Despenco em precipícios na alma
Num baque grande de rodar o tempo;
Minha boca é seca, meus lábios latejantes,
Meu corpo todo em torpor,
Minha mente total desassossego.

Não sei onde estou ou se estou,
Me sinto fraco, frágil como a labareda
Da vela que tremula contra o vento.
Busco a luz como única guia
Num barco de papel.

Meus caminhos são breus no véu da noite
E peço a Deus que apenas não me açoite
Com a dor da solidão que me atormenta;
Que minha alma é onda que arrebenta
No cais de um porto que já não se sustenta!
Num fim de verso de abissal poema!


(Alex Brondani)


voltar última atualização: 22/05/2007
11977 visitas desde 15/08/2006

Poemas deste autor:

Copyright © 1999-2020 - A Garganta da Serpente