MISTÉRIOO meu espírito alado esvoaçando Mistério no inverno que domina
As estações sem cores dos meus anos, E não me deixa arquitetar os planos De um futuro venerado, No tempo parado. Mistério nessas garras poderosas Mistério nessa guerra interior
Travada entre o meu corpo e a minha alma, Cujo estopim é um profundo trauma Que lá dentro em mim, faísca. E o "meu bom" confisca. Mistério no destino que me espera, Mistério no mistério que me envolve,
E que me torna um ser misterioso, E que me injeta o micróbio do nojo De um lamaçal profundo, Chamado mundo. (Alfred' Moraes) |