A Garganta da Serpente

Alfredo Rossetti

  • aumentar a fonte
  • diminuir a fonte
  • versão para impressão
  • recomende esta página

PRÓXIMO DISTANTE

Longe do mar, mas ao pé do mar,
sonho com o pé na água do mar.
Na ninfa luz o oceano troféu que infiro
ao encarar à pino o movimento

de ruas refugado. De sensível
possibilidade do mar abrigo, mar amigo,
mar desígnio, um mar dentro deságua.

Em cada ser humano há um mar fora
da geografia, fora que chama o que clama
e seduz à chama zênite que aguarda.

Em cada esquina há um mar fora da vida,
fora em nostalgia. Ânfora de Netuno
a cismar na pele espreita dos longes soturnos.

Em cada mar há uma espera herdável.
Sem ter sido nem ido nem nascido,
mas divo de eterno retorno.

(31/08/2007)


(Alfredo Rossetti)


voltar última atualização: 07/04/2008
13895 visitas desde 17/11/2005

Poemas deste autor:

Copyright © 1999-2020 - A Garganta da Serpente