A Garganta da Serpente
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Paródia de Psicologia de um vencido

Eu, filho da puta, doente, maníaco
Habitante das trevas, rei da arrogância.
Asmático, esquizofrênico desde a infância
Em meus átrios escorre o mais puro amoníaco.

Anomalia profunda em um ser demoníaco,
Psicótico maldito em primeira instância.
Minhas entranhas escarram repugnância
Minha alma é só ódio... foda-se o zodíaco!

Preso à lama que me envolve entre as ruínas
Espero a morte por entre as carnificinas
E cada vez mais meu corpo se enterra.

É então que percebo a soberba harmonia
entre o ódio, a dor, a incessante agonia
Eis que entrego meu corpo para fartar esta terra.

(Allan)


voltar última atualização: 14/09/2004
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