A Garganta da Serpente

Allan Jonatan Lerma

  • aumentar a fonte
  • diminuir a fonte
  • versão para impressão
  • recomende esta página

Soneto a Vinicius de Moraes

O efêmero: o cair de uma estrela
Que, tão bela, prometeu e floriu
Castelos, mil, eternos, e extinguiu
A tudo e a si, no cansaço de sê-la.

O bárbaro: o relâmpago brandiu,
Iluminou com rugidos e sismos
A noite, e dispersou-se num abismo
Em minúsculos íons. E partiu.

O trágico: o que fora outrora flor
Dormiu sem vida, graça, sem amor.
E a estrela, no espaço louco e aflito

Por um tempo inchou, vermelha,e tragou
Tudo em volta. Saciada, murchou.
E só então deixou de ser. O infinito.


(Allan Jonatan Lerma)


voltar última atualização: 19/01/2005
3579 visitas desde 01/07/2005

Poemas deste autor:

Copyright © 1999-2020 - A Garganta da Serpente