A Garganta da Serpente

Alphonsus de Guimarães

Afonso Henrique da Costa Guimarães
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Terceira dor

P. Sião que dorme ao luar.
Vozes diletas Modulam salmos de visões contritas...
E a sombra sacrossanta dos Profetas
Melancoliza o canto dos levitas.

As torres brancas, terminando em setas,
Onde velam, nas noites infinitas,
Mil guerreiros sombrios como ascetas,
Erguem ao Céu as cúpulas benditas.

As virgens de Israel as negras comas
Aromatizam com os ungüentos brancos
dos nigromantes de mortais aromas...

Jerusalém, em meio às Doze Portas,
Dorme: e o luar que lhe vem beijar os flancos
Evoca ruínas de cidades mortas.


(Alphonsus de Guimarães)


voltar última atualização: 03/04/2017
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