Superfície e polimento
Tiro leite de pedra todos os dias
Logo ao entardecer rego a bruta flor estática
Esculpida pelas maquinas de guerra
A histeria tácita no ranger dos dentes
Denota o trauma dos crimes impetrados
Sirvo de fluído para que o mármore se acalente
Nas noites que poderiam ser solitárias
Dou o polimento para que seu brilho não se desgaste
Na velocidade do não sentimento
Ainda a ponho sobre pedestais
Não para a admiração da arte em si
Mas para que todos vejam o que tem de estátua.
(Aluisio Martins)
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