Ápice da alma
Não deixemos as noites
Tornarem-se vazias,
Façamos delas
Inacabáveis, intencionáveis,
Incontestáveis...
Um retratado
Minuciosamente esculpido
Em sais corporais,
Onde os trejeitos são observados
Sob a penumbra
E as mãos, são caminhos
Para o devaneio.
Brindemos
O âmago do minuto intencional,
Para que nos tornemos
Ébrios e viciados...
Casados em par
Dedicados a amar.
Sejamos
Terra fértil e colheita multicolorida.
Alcemos vôos em perfeito equilíbrio
Altos e livres!
Amemos
O eu e o nós,
As tempestades e a bonança...
Degustemo-nos nessas noites,
Rendamo-nos aos caprichos da carne
Para sublimarmos o ápice da alma.
Porque somos soma
E ainda mais juntos, nos tornaremos
Resultados...
(Ana Matos)
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