Pecados libertos
Madrugada de amor,
Sentimento mais que uma emoção,
Perda da razão.
Nela as palavras
Tornam-se supérfluas
E são traduzidas
Em buscas e realizações,
Desabafo de sensações...
Corpos atados que se completam
E se repletam,
Em lânguidos sabores.
Quereres trocados
Entregues ao léu,
Prazeres tocados no céu.
Corações fechados para as dores
E aos resquícios delas...
Protegidos do oculto
Sem ameaçadores vultos.
Gestos em tréplicas
Que imploram a elevação
Do espírito
E a liberdade
Dos tresloucados pecados.
(Ana Matos)
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