VEJA A CURVAVeja a curva que faço ao longo de teu caminho veja que avanço como para um vinhateiro guardado sinta meus longos dedos e tímidos olhos chovendo, veja o esforço que faço ao longo do teu caminho ouça meu galope branco e minhas crinas às costas beba estes suores noturnos que derramei em tuas pétalas, e este vermelho e rijo corpo de artelhos e mares de anil, veja o sangue que alaga ao longo do teu caminho cheire o vapor de meus pêlos, o hálito de minha flor, sinta meu espesso lago em tuas colinas chorando, Veja a curva que morre ao longo de teu caminho. (Anderson Dantas) |