A Garganta da Serpente

Anderson Souza Oliveira

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Descrevo aqui, os seres, aqueles,
que não sei por quê, ou melhor, sei, desprezo.

Atavio humano, em seu êxtase mundano, o único êxtase possível,
êxtase possível? Será?...

Subproduto da manufatura, produto principal do consumo,
subproduto mental, rentável, só isto que és.

Descrevo aqui, você que passa toda enfatiotada,
descrevo aqui, você dada, fadada, ao fatídico fim consumista, capitalista.
Descrevo aqui, você oca, tola, como aviltou teu imo, como!
Ai, minha bela! Te perdeste, deste fado, não tens mais volta.

Mais um fadado à ilusão capitalista, casuísta.

Descrevo aqui, tu minha bela! Te exalto, escuso, desprezo, incluso.


(Anderson Souza Oliveira)


voltar última atualização: 02/03/2010
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