A LIBERDADE SOB CADA ATO (Fenomenologia e Sentido)
"A propriedade fundamental dos modos de consciência, que o eu vive
como eu, é chamada intencionalidade"
Edmund Husserl
Terá toda ação um sentido?
Se sim - apreendemos esse sentido? Ou entorpecemos nossa ação
em uma direção implantada em nossa cabeça?
Uma époche fenomenológica pode não ser a verdade absoluta
(como se tornou difícil falar em coisas absolutas)
mas permita que avaliemos as metas que orientam nossa ação
e percepção da realidade (nossa "cogitaciones" são
determinadas por nossa metas, nossos objetivos,
a direção que damos para a nossa ação no mundo objetivo
e o movimento da corrente subjetiva das mentes e seres)
(são estas metas) a base dos saberes
sob a qual se erguem os vales do conhecimento e das formas de percepção.
pode-se alterar a forma de percepção
nossa forma de percepção está voltada para certos sentidos
e fins, que podem ser conscientes
ou inconscientes. Se inconscientes, podem ser uma fonte encoberta de um mau
sentido para a ação
fonte de mal- estar de qualquer espécie
temos que estar conscientes do sentido de nossas ações
vistas e compreendidas em profundas reflexões
em uma genealogia (humildemente fenomenológica)
podemos alterar a nossa lógica?,
fazendo com que nossa real experiência da realidade dê um salto
qualitativo,
intensamente intuitivo,
após um mergulho as profundezas mais ocultas e sutis
avistando e aniquilado as correntes vis
que aprisionam o movimento natural, o fluir profundo e criativo
natural não é o imposto, implantado e coercitivo
mas a ação que segue um sentido já reflexivamente avaliado
e conscientemente legitimado
(amparado pela "razão vital"? de acordo com a vontade do "eu
transcendental"?
prefiro o nome "ser mais profundo".
mergulhar na transcendência
e dispersar transcendentalmente a consciência
sentir
vislumbrar as correntes mais sutis de idéias e formas de percepção
as intencionalidade e fontes de sentido mais fundamentais
não pode ter conseqüências triviais
a liberdade está sob cada ato
principalmente,
está nos fins últimos que orientam nossa ação
conscientes ou não
(André Grillo)
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