NADA
Ao escrever...
A repugnância inunda minha vísceras.
Lá fora, pessoas vivem,
E eu aqui a calcular as horas infindas.
Deixa pra lá! Não sei por que sou assim.
O corpo me faz refém.
Morrer!? Quem sabe seria o fim?
Ao entardecer...
A brisa do outono aquece e ameniza.
Porém, em outra dimensão distante,
A miséria torna-se a mais sofrida.
Quero conhece-lôs todos,
Mas não passo de uma criança
Que tem a imaturidade dos tolos.
(Será que preciso utilizar
A norma culta escrita
Para obter precisão
E alma comedida?)
É sabida a beleza da poesia.
Os cegos são privados desse prazer,
Que é grandioso, mas elitista.
(Andre Hideki Ivano)
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