A Garganta da Serpente

Anna Apolinário

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A Espiral do Desencanto

O mundo fervia em tecnicolor
Ela sonhava em preto
Era Maria da Saudade que nascia
No peito dela já batia
O fantasma mecânico do amor

Eu sou o teu olho que enlouqueceu na Bósnia pedindo
Lobotomia imediata & chá de fita
Fêmeas de Eros, filhos de Dionísio:
Eu sou Ulisses em cólera sagrada
Sou Loreley nos teus ouvidos
Eu sou o Sol morrendo na maquinaria do mundo

Beijo-te, em face de toda divina
Tua boca sabe ao doce de um demônio chamado Amor
A bailarina com metafísica faz um círculo no chão
Crescem girassóis em seu vestido.


(Anna Apolinário)


voltar última atualização: 03/07/2009
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